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CANELADAS DO VITÃO
Vitor Guedes
Futebol é a Harvard da incompetência
Tem xinxim e acarajé,
tamborim e samba no
pé. Leitora boa, leitor
bamba, o estandarte do
sanatório geral vai
passar... Sempre vi
futebol pela óptica
picerniana: "bola,
campo, três pontos",
nunca me interessei
pelos bastidores
internos da ante-sala
da presidência da
federação potiguar,
mas não dá mais para
ficar alheio. E não é só o
futebol, é só dar uma
olhada nas obras e
verbas do Pandemônio.
Mas falemos de futebol
porque o resto é
educação física.
Marquinhos é
ameaçado de morte
pelo "crime" de ser
grosso; Euricão toma a
Ferj e bafora que é o
dono do futebol
carioca; na Itália,
policial morre; na
Argentina, o "chefe"
dos "Barra Bravas" do
Boca afirma que "a
[sua] torcida é como
Harvard para os barras
de todo o mundo". É o
armagedon!
Enquanto isso, fico cá só
a imaginar um
encontro entre Fábio
Irineu França Almeida,
Flávio Pedro Ferreira e
Carlos Brasileiro Falcão
para resolver o
problema. Geniais,
porém preguiçosos, só
se tratam pelas iniciais.
"É simples, o problema
é a falta de patriotismo.
Vamos tocar o Hino
Nacional antes dos
jogos. Se não der certo,
damos um prêmio para
as organizadas",
sugeriu FPF. "Nada
disso, o problema é
claro, não temos
nenhum estádio
decente no país. Já sei,
vamos fazer a Copa
aqui. Pode deixar que
eu assumo a responsa
por não ter feito em 18
anos nada para acabar
com esse problema",
opinou CBF. Já o Fifa,
com aquele sotaque
superior de quem
conhece o mundo todo,
dá uma terceira opção.
"Fair Play, o lance é Fair
Play. Vamos premiar o
último colocado que
fizer menos falta, parar
com essa mentalidade
imbecil de que o
importante é ganhar."
Enquanto isso, Paulo
Carneiro Canhão
aproveita o cheiro de
podridão no ar e o
descrédito da
população com o
futebol para promover
o lazer das massas em
Diadema.
Parei de beber, mas
continuo mamando. E
da série "quem não
chora, não mama", alô,
Sheila Mello, Vitão aqui
está aos prantos.
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