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EM CIMA DA BOLA

 Flávio Araújo

Da Bombonera até Monza

Não engulo esse São Paulo que perdeu do Boca Juniors na Bombonera. Não só o São Paulo: nenhuma equipe brasileira pode dobrar os joelhos dessa forma. Até o Paysandu fez mais bonito. Do Santos, ali em 1963, nem falar. Com uma mudança fora de hora em seu esquema, erro de cálculo do técnico, os jogadores do Tricolor não se acharam em campo. Mas isso poderia ser revertido. Concordo que o São Paulo, líder do Brasileirão, não tem jogado bem. Mas no jogo de Buenos Aires foi demais: apequenou-se, acovardou-se e poderia ter sido goleado. Poucos se salvaram. Saiu barato, e porque o Boca não é nada dessas coisas. É só um time de regular qualidade. Boa mesmo é a sua torcida. Ao lado do São Paulo que perdeu, foi ela que ganhou o jogo. A realização hoje do GP de Monza me remete ao 7 de setembro de 1972, quando, um neófito em corridas, para transmiti-las fora aprender o básico com o velho Chico Landi em sua oficina no Itaim. Depois, por dez anos corri atrás de Emerson e Piquet. Igualando-se a Ademar Ferreira da Silva e Eder Jofre, Fittipaldi seguiu a trajetória. De olho no menino Felipe, esperamos hoje mais do que Schumacher encostar em Alonso: a próxima escalação da Ferrari. Mas não misturemos as coisas, já que Monza não é a Bombonera, Massa está longe de Fittipaldi, e o São Paulo de Rogério Ceni, no tempo, na qualidade e no destemor guardou quilômetros daquele Santos de Pelé.

  Flávio Araújo, jornalista, radialista, escreve aos domingos neste espaço. E-mail: flaypi@uol.com.br


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