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BOLA NA REDE Luiz Carlos DuarteParreira sai no bloco do eu sozinho
Parreira definiu o quadrado como titular com tanta antecedência (em outubro do ano passado) e desde então não procurou e nem experimentou nenhuma alternativa para ser adotada como o plano B. Também deixou de fazê-lo no período de preparação na Alemanha. E agora, diante do Japão, anuncia o seu time misterioso, sob a pressão de reservas que buscam seu lugar ao sol da forma mais legítima: jogando melhor. Concordo de que não são necessárias mexidas estruturais, como esquema etc. O problema do Brasil é apenas tático. Falta mais movimentação dos jogadores e o ataque pesado contribuiu, e muito, para essa lentidão coletiva. Uma das soluções, tão reivindicada, é tirar um dos atacantes pesados e colocar o Robinho. Essa mexida traria efeitos colaterais positivos porque facilitaria a vida de Kaká e Ronaldinho Gaúcho. A outra opção é adiantar Ronaldinho Gaúcho, no lugar de Ronaldo ou Adriano, e colocar o Juninho no meio-de-campo. Mas nada disso tem sido treinado. E pior: Parreira tinha anteontem um bom dia para realizar um treino coletivo e exigir uma movimentação diferente etc. Decidiu não fazê-lo e optou por um minicoletivo burocrático. Assim é difícil. A não ser que o homem esteja guardando o jogo para as oitavas. Mas que jogo é esse que até agora ninguém viu? Felipão conseguiu apagar a imagem da decepcionante estréia e incrementou Portugal, que deverá fazer com a Holanda um dos jogos mais equilibrados das oitavas. Luiz Carlos Duarte é editor-geral do AgoraTexto Anterior: Monstrinhos na nossa cabeça Próximo Texto: Drinque na pista Índice |
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