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Ronaldo vale quanto pesa
MUNIQUE - "O Brasil não está jogando bem e está ganhando. Isso é realmente um
problema - para os rivais".
Falou e disse Arsene Wenger,
técnico francês do Arsenal -
antes da goleada e da grande atuação brasileira contra
o fragilizado Japão. Não sei o
que Wenger deve estar pensando. Mas, certamente, ele
está pensando. Muito melhor
do que aqueles que esquecem
o que um craque do gol como
Ronaldo pode fazer. Um erro
de avaliação. Para não dizer
um desrespeito brutal com
um ídolo universal - mas
nem tanto brasileiro.
Ronaldo fez o que pode fazer porque Robinho fez o que
quase sempre faz - e só Parreira não queria escalar. Porque Juninho Pernambucano
marcou como Zé Roberto e jogou ainda melhor que ele -
como se imaginava, mas o
treinador não queria escalar
(em time tão ofensivo, acredito eu); porque Ronaldinho
Gaúcho jogou melhor, mas
ainda não foi o que é, embora tenha driblado e se movimentado mais; porque Kaká
jogou menos, o que é ainda
mais que a maioria; porque
Gilberto Silva jogou tanto
quanto Emerson, e pode ser
titular em qualquer time;
porque até Gilberto jogou
mais que Roberto Carlos
-mas que não pode e não
deve continuar no time; porque Cicinho mostrou que pode -mas não deve - ser titular; porque Juan jogou por
ele e por Lúcio; porque o Japão teve uma chance e fez; e
o Brasil teve 13 oportunidades -mais que qualquer outro na Copa. Porque o Brasil,
quando quer, é ainda mais
que qualquer outro. Mesmo a
Argentina, a nossa provável
adversária na final. Um time
que pintava como o maior
dos favoritos ao título no
Mundial da Alemanha até o
real Brasil (e não mais o virtual) entrar em campo.
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