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Deus não é brasileiro, é felipônicoMUNIQUE (ALE) - Recorde de
expulsões, ferro-play em todos os cantos do campo, antijogo dos dois lados. Portugal e Holanda fizeram um
embate digno de ser julgado
em Nuremberg. Não é o jogo
que queremos mostrar aos
nossos filhos. Mas é a partida
para a gente guardar para
contar aos netos. Minha prima lidera o bolão da firma dela. A grã-fina do Nelson Rodrigues e a Cora Rónai do jornal "O Globo" têm mais noção do esporte que ela. Não é caso isolado. Você deve estar atarantado por estudar feito um nerd as partidas, por ver os treinos das seleções, soçobrar na internet, e ser ultrapassado por aquela pessoa que acha que o Brasil ter de jogar com Gana significa a seleção jogar com mais garra. É a mesma sensação que você deve ter quando vê na mídia gente dormindo durante o jogo, metendo o pau em qualquer jogador que não é brasileiro, e achando que todo time africano é muito técnico e irresponsável taticamente, e que zagueiro europeu é cadeirudo. Nada contra gente ganhar dinheiro por palpitar. O problema é que tem gente paga por palpitar com o mesmo desconhecimento de causa. (A propósito: estou em sétimo no bolão da redação na Alemanha, e antepenúltimo em outro). Próximo Texto: Mudando o jogo Índice |
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