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O melhor do Brasil tem sido o pior
MUNIQUE (ALEMANHA) - A seleção brasileira não consegue
atuar bem como um todo.
Claro que nem o Brasil-70, o
Santos de Pelé, a apresentadora esportiva italiana Ilaria
D'Amico, ninguém é 100%.
Talvez esse seja o nosso erro:
achar que tudo vai dar certo,
que todos vão acertar tudo.
O hilário da situação é que
os jogadores de quem não
esperávamos nem 50% estão
jogando 110%. Lúcio nem
faltas faz, e Juan não comete
deslizes; Zé Roberto tem matado a pau, fazendo mais do
que o necessário, e muito
mais do que poderia jogar;
Dida jogou para escanteio a
fase irregular que atravessava no seu Milan.
Os "piores" têm sido os melhores. E os bambas têm tido
momentos de Bambala. Ronaldinho Gaúcho não está
bem - e, mesmo abaixo da
média, continua muito acima
dela; Kaká tem jogado menos
a cada partida; Ronaldo só
agora tem sido Ronaldo; Robinho, o mais regular, tem os
seus problemas; Adriano tem
os dele, e não tem sido a solução esperada. Não tivemos
uma partida em que pelo
menos dois dos quatro jogadores que podem atuar ao
mesmo tempo tenham atuado bem. Até agora não foi
necessário jogar com metade
da força. Mas, a cada partida, é cada vez mais preciso a
precisão de todos.
Imagine quando os quatro
atuarem bem... A questão é
saber se isso acontecerá nesta
Copa do Mundo. Ou se isso já
aconteceu em qualquer partida de qualquer seleção.
Ah! A Argentina contra a
Sérvia e Montenegro acabou
com o time do país acabado.
Mas ela não repetiu nem metade do que jogou aquele
dia. E hoje enfrenta uma Alemanha que não pára de crescer - até porque não parou
de enfrentar equipes frágeis
neste Mundial.
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