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AS HORAS DE REUNIÃO NO GOVERNO NÃO ADIANTARAM MUITO: O REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO É PRATICAMENTE IGUAL À INFLAÇÃO DESDE ABRIL DE 2003
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Depois de horas de reuniões, o novo valor do salário
mínimo saiu ontem e não
surpreendeu ninguém. Os R$
260 defendidos pelo ministro
da Fazenda, Antonio Palocci,
para proteger o Orçamento,
começam a valer amanhã. A
promessa de Lula de dobrar o
valor real do salário mínimo
fica cada vez mais impossível
com os R$ 20 de aumento.
O ganho real -ou seja, acima da inflação- estimado
pelo governo é de 1,2%, o
mesmo concedido no ano
passado, considerando os últimos 12 meses. Mas, como o
mínimo subiu em abril no ano
passado, o ganho real fica só
em 0,25%, levando em conta
os últimos 13 meses.
Coube a três ministros
-Guido Mantega (Planejamento), Ricardo Berzoini (Trabalho) e Amir Lando (Previdência)- a tarefa de anunciar
o reajuste. Eles se irritaram
com o questionamento de
que não era possível mais
cumprir a promessa de dobrar
o mínimo neste mandato.
Como já era esperado, o governo anunciou um aumento
mais expressivo do salário-família -que beneficiará famílias com renda até R$ 586 e
filhos de até 14 anos- como
complemento ao reajuste do
mínimo. As regras definidas
acabaram mais favoráveis que
o previsto inicialmente.
Para famílias que ganham
até 1,5 salário mínimo, o salário-família subirá de R$
13,48 para R$ 20 por filho;
antes, o aumento só valeria
para a renda de um mínimo e
estaria limitado a três filhos.
Para as demais famílias, o valor subirá para R$ 14,09.
O governo não tem uma estimativa precisa de quantas
pessoas recebem o salário-família, porque uma mãe com
dois empregos, por exemplo,
pode receber benefícios pelas
duas fontes. Segundo os dados oficiais, são pagos 4,132
milhões de benefícios a famílias com renda até 1,5 salário
mínimo, e 2,28 milhões às
demais faixas de renda.
Pelos cálculos oficiais, o impacto dos reajustes do mínimo e do salário-família nas
contas federais será de R$ 650
milhões além dos recursos
previstos no Orçamento -que
já reserva, diz Mantega, cerca
de R$ 3 bilhões para elevar o
mínimo a R$ 256. (FSP)
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