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Nove detidos após cerco na FMU do Morumbi

GRUPO IRIA LEVAR 350 COMPUTADORES DA UNIVERSIDADE PARA VENDER EM LAN HOUSES, DIZ DEIC. BANDO ESTAVA NA CASA DE MÁQUINAS DO ELEVADOR


Nove homens foram presos ontem dentro do campus do Morumbi (zona sul) das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), por volta das 11h, quando tentavam levar cerca de 350 computadores, informou o Deic (Delegacia de Investigações Sobre o Crime Organizado). Entre os presos estava um dos três seguranças noturnos da universidade.
O cerco com mais de 40 policiais na rua Engenheiro Isaac Milder, onde fica o campus de 26 mil metros quadrados, começou por volta da meia-noite e acabou às 11h20, após os bandidos serem encontrados pelos investigadores na casa de máquinas de um dos elevadores.
Segundo a polícia, a quadrilha era monitorada há três semanas por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. O Deic considera ter desbaratado um dos principais grupos criminosos da capital que roubam computadores para fornecer a LAN houses clandestinas.
Não houve troca de tiros ou feridos na operação, ainda de acordo com a polícia. Menos de uma hora após os bandidos invadirem a universidade, mais de 40 policiais do Deic e 20 homens do COE (Comando de Operações Especiais da PM) cercaram o campus.
Com as imediações vigiadas, teve início a operação policial dentro da universidade para achar os bandidos. "Vasculhamos todos os prédios e não achamos os ladrões. Só perto do almoço, quando entramos na casa de máquinas do elevador de um dos prédios, encontramos os nove espremidos e todos sujos, sem armas", contou um investigador. O caso e os presos serão apresentados oficialmente hoje à imprensa.
Além de um segurança da FMU -ninguém da universidade foi localizado para comentar o caso-, entre os presos havia um foragido da Justiça, com passagem por furto.
O Deic informou que a quadrilha já havia cortado os fios de cerca de 190 computadores quando a polícia invadiu o campus. A polícia também acredita que outras pessoas, não localizadas, davam respaldo para o grupo do lado de fora da universidade. Nenhum advogado dos presos apareceu na sede do Deic até as 20h. As mulheres de parte dos detidos, porém, chegaram ao prédio da polícia na zona norte antes de os próprios presos. (Diego Zanchetta)



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