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Erro de grafia leva
polícia a prender quadrilha
GRUPO PRESO EM CONDOMÍNIO É SUSPEITO DE ROUBAR R$ 15 MI DA PROTEGE. ADESIVO DE "IMPÓRIO" DENUNCIOU AÇÃO DO BANDO
Um erro de português levou
a polícia a prender oito integrantes de uma quadrilha de
assaltantes, suspeita de roubar R$ 15 milhões da sede da
transportadora de valores
Protege, na Água Branca (zona
oeste), em setembro.
O grupo se preparava para
invadir um condomínio de luxo na Lapa (zona oeste) anteontem e foi descoberto porque, do lado de fora do Fiat
Dobló que seria usado para
entrar no local, os bandidos
usaram adesivos com a inscrição "Impório Santa Maria",
em referência a um conhecido
empório da cidade. Sob o nome da empresa havia ainda
um endereço eletrônico falso:
www.isantamaria.com.br.
No Dobló foram presos três
homens e com eles havia ferramentas usadas para arrombar cofres. Outros quatro homens, fortemente armados,
foram presos em outro veículo
na mesma rua. No carro havia
dois fuzis, uma metralhadora
e duas pistolas, além de radiocomunicadores, coletes à
prova de bala e camisetas similares às da Polícia Federal.
De acordo com o delegado
Ruy Ferraz Fontes, do Deic
(Departamento de Investigação Sobre Crime Organizado),
a polícia chegou até o grupo
anteontem por meio de investigação sobre o crime da
Protege. "Tínhamos uma informação de que roubariam
ontem [anteontem] às 11h e
que entrariam no condomínio
disfarçados de entregadores."
Para a prisão, foi montada
uma grande operação, que
contou com cerca de 40 policiais e um helicóptero da polícia. "Estávamos preparados
porque é uma quadrilha violenta. Do ponto de vista operacional, são muito bons. Mas,
do ponto de vista gramatical,
são péssimos."
Segundo o delegado, o
bando também seria responsável pelo roubo de um carro
forte, em agosto, no estacionamento do Carrefour, no
Morumbi (zona oeste).
A polícia ainda atribui ao
grupo outros três assaltos a
banco, todos praticados desde
o mês de setembro. Os roubos
aconteceram também nas zonas oeste e sul e contaram
com participação de funcionários dos bancos, de acordo
com a polícia.
"Essa quadrilha trabalha
com informações privilegiadas", afirma o delegado. Para
ele, houve facilitação de funcionários do condomínio para
o planejamento do roubo
frustrado anteontem. O oitavo
suspeito, um comerciante, foi
preso em seu bar, usado como
ponto de encontro do bando.
(Carla Monique Bigatto)
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