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Suzane não quer encontro com ex-namorado

ADVOGADA DIZ QUE ELA ESTÁ ARREPENDIDA DA MORTE DOS PAIS E NÃO VAI PROCURAR DANIEL CRAVINHOS, TAMBÉM ACUSADO DOS CRIMES. HOJE, ELA MORA NO INTERIOR

Suzane von Richthofen, 22 anos, não pensa em procurar o ex-namorado Daniel Cravinhos para uma possível reconciliação. Os dois, junto com o irmão do rapaz, Cristian, confessaram a participação na morte dos pais da jovem, Manfred e Marisia Richthofen -mortos em casa, enquanto dormiam, com golpes de cano de ferro-, em outubro de 2002.
"A Suzane está profundamente arrependida por tudo o que aconteceu e foi, na minha opinião, influenciada pelo rapaz [Daniel] a praticar o crime. Dificilmente ela irá procurá-lo", diz a advogada Luzia Helena Sanches.
Na semana passada, durante a libertação dos irmãos Cravinhos -que estavam presos em Iperó (120 km de São Paulo)-, o pai dos acusados, Astrogildo, 61 anos, afirmou que, caso o filho quisesse, o levaria para se encontrar com Suzane. "Não tenho nada contra a Suzane. Absolutamente nada", disse, ao lembrar que carrega uma foto dela na carteira, assim como a dos dois filhos. Essa possibilidade está descartada, segundo a advogada Sanches.
O paradeiro da jovem não é revelado por questões de segurança. De acordo com a advogada, ela está morando com parentes paternos no interior de São Paulo.
Suzane, Daniel e Cristian foram presos pouco tempo depois do crime. Porém, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu habeas corpus a Suzane, em junho, para que ela aguarde o julgamento em liberdade. Semana passada, o benefício foi estendido aos irmãos Cravinhos
Não há previsão de quando o julgamento irá acontecer.

Amizade

A advogada foi contratada pela avó paterna de Suzane, Margot, para visitar a jovem no Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de São Paulo), último presídio por onde passou. Na cadeia, Suzane dava aulas de inglês para as presas. A avó não conseguiu autorização da Justiça para receber a visita da neta em casa. Margot morreu antes de Suzane ser solta.
A jovem recebia visitas semanais da advogada no centro de ressocialização de Rio Claro. Com o passar do tempo, nasceu uma amizade que, segundo Sanches, permanece até hoje. "Ela imaginava viver um conto de fadas. Infelizmente, acordou tarde demais", afirma. (FSP)



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