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Novo palco mudará
para que público
veja melhor
ONTEM, NA ESTRÉIA DO ESPAÇO PARA SHOWS GRÁTIS NO AUDITÓRIO DO IBIRAPUERA, PLATÉIA TEVE DIFICULDADES PARA ENXERGAR PALCO
O primeiro teste do auditório do parque Ibirapuera (zona
sul de SP) com um show gratuito do pianista Marcelo
Bratke e do percussionista Naná Vasconcelos, ontem de
manhã, mostrou que ainda
são necessários aperfeiçoamentos. A afirmação é de Mário Cohen, presidente do Instituto Música para Todos, que
administra o local.
Segundo ele, será necessário dar uma iluminação forte
ao palco voltado para o gramado, para que o público
possa enxergar os artistas,
principalmente em dias de sol
muito forte -como ontem.
A moldura branca do palco,
mais brilhante por causa da
claridade do dia, contrastava
com o fundo negro e dificultava a visão dos músicos.
Ontem houve a estréia da
parte de trás do palco do auditório, que se abre para um
gramado próximo do portão 1
do Ibirapuera. O mecanismo
elaborado por Oscar Niemeyer,
autor do projeto, permite a
realização de apresentações
grátis para o grande público
na mesma estrutura que
atende o lado interno, onde
ocorrem shows pagos.
"Foi um show mais para
ouvir do que visual", disse Cohen ao final do evento. Segundo ele, será instalada uma
iluminação "quase como a de
cinema" no lado do palco voltado para o gramado, para
diminuir o contrastes.
O show "Saudades do Brasil" foi desenvolvido especialmente para a estréia do auditório. Cerca de 8.000 pessoas
passaram pelo local, segundo
estimativas da Guarda Civil
Metropolitana, transmitida
pela organização. No gramado
cabem 15 mil pessoas.
O grande público atraiu ambulantes. Vendedores de chapéu de palha aproveitaram
para desovar o produto por
até R$ 7 -na área existem
poucas árvores.
Mudanças
Desde quinta-feira, quando
o auditório foi inaugurado, só
haviam ocorrido apresentações dos músicos na parte interna do auditório, para convidados e público pagante
-no sábado, os ingressos para
o show esgotaram em três
horas, disse Cohen.
Segundo ele, há planos de
expandir o espaço para shows
gratuitos -para isso, uma das
torres de som será afastada do
gramado onde fica o público.
Mesmo antes dos "ajustes",
a nova área de shows -que
conta com um espaço exclusivo para idosos e deficientes,
instalado em frente ao palco-
recebeu elogios de artistas e
do público. O pianista Marcelo
Bratke elogiou a acústica interna e externa do auditório,
assim como o percussionista
Naná Vasconcelos e a banda
que o acompanhou, Raízes de
Quilombo.
Segundo Cohen, o espaço
será utilizado para experimentações musicais -como a
mistura erudito-popular de
ontem- e novos talentos. Os
shows de ícones do pop que
ocorriam na Praça da Paz e
chegavam a reunir 200 mil
pessoas estão vetados. "Já
existem muitas casas de espetáculos que fazem isso." (FSP)
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