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Brasil luta pela final

EQUIPE DE BERNARDINHO JOGA PARA CHEGAR À 17ª FINAL EM 18 TORNEIOS SOB O COMANDO DO TÉCNICO. PARTIDA SERÁ DISPUTADA À 1H30 DE AMANHÃ

A diferença entre o céu e o inferno é apenas uma partida. Soberana nos últimos seis anos, a seleção masculina de vôlei tenta amanhã ir a mais uma final com Bernardinho -em 17 torneios, só não disputou o ouro dos Jogos Pan-Americanos de 2003.
Se vencer Sérvia e Montenegro, à 1h30 de hoje para amanhã, mantém a sina, mostra que superou a discussão entre seus atletas anteontem, dá o primeiro título importante à renovada equipe.
Uma derrota, no entanto, coloca a equipe em uma situação desconfortável. O Mundial do Japão é o primeiro grande teste dos brasileiros após os Jogos de Atenas, em 2004, quando foram ouro.
Foi também um torneio de altos e baixos, em que o time superou contusões e beirou a perfeição em vários momentos e se apresentou mal, até com brigas, em outros.
Antes mesmo de o Mundial começar, os jogadores já davam sinais do resultado mínimo que esperavam conseguir.
"Temos de trabalhar mais que todos, saber que demos o nosso melhor. Mas se não chegarmos à final, será muito ruim", afirmou Ricardinho.
Na última vez em que se viu nessa gangorra, a seleção encarou os dois extremos no mesmo ano. Em 2003, uma vitória por 3 a 2 sobre a mesma Sérvia e Montenegro deu ao time o segundo título da Liga Mundial de vôlei.
Curiosamente, Bernardinho definiu assim o tie-break de 31 a 29. "A diferença entre irmos para o céu ou para o inferno foi de dois pontos", disse. Em seguida, no Pan de Santo Domingo, sofreria sua pior derrota, apenas o bronze.
Para evitar o inferno, a comissão técnica aposta na familiaridade com o rival. A base de Sérvia e Montenegro é a mesma do Mundial-2002.
"A expectativa é de um jogo muito difícil. Vamos precisar de muita paciência porque eles têm bons jogadores. O oposto [Miljkovic] é um dos pontos fortes", afirmou o técnico Bernardinho.
Apesar dos dois dias de intervalo entre o fim da segunda fase e as semifinais, os brasileiros só terão um treino com bola, no reconhecimento do ginásio Yoyogi, em Tóquio.
Depois de bater a Bulgária, a equipe fez musculação e teve meio dia de folga. Ontem, deixou Hiroshima e mais uma vez fez os treinos físicos.
"A gente teve um dia muito desgastante de viagem, chegamos ao hotel e tivemos duas ou três horas de espera para entrar nos quartos, estava um pouco bagunçado", disse Ricardinho. (FSP)



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