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Rio/Clima deve propor subsídio a biocombustível
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SABINE RIGHETTI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
O subsídio aos biocombustíveis será uma das principais propostas defendidas no domingo, 17, pelo Marco Inicial do Rio/Clima (Rio Climate Challenge), um dos eventos paralelos da Rio+20 que está discutindo formas de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
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De acordo com o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), presidente da Subcomissão Rio+20 na Câmara dos Deputados que é organizadora do Rio/Clima, o Brasil deve explorar o mercado de biocombustíveis por ter vantagens com o etanol da cana.
"O etanol da cana é [quatro vezes] mais produtivo que o do milho [dos EUA]. E, no caso do Brasil, o etanol não compete com a produção de alimentos como acontece nos EUA", disse Sirkis à Folha.
O problema é que a redução dos impostos da gasolina faz com que o etanol saia muito caro para o bolso do consumidor.
"O governo subsidia burramente a indústria automobilística sem demandar dela nada nenhuma tecnologia. Poderíamos exigir que a indústria desenvolvesse um carro híbrido movido a eletricidade e etanol."
De acordo com Sirkis, os sistemas de subsídios têm de ser trazidos a favor de uma economia de baixo carbono, "e não contra".
Além dos subsídios aos biocombustíveis, o documento final do Rio/Clima deve trazer também propostas de mitigação (redução de danos) de emissões de gases de efeito estufa.
Essas ideias estão sendo trabalhadas desde a última quarta-feira, 13, entre representantes não oficiais de 14 países considerados grandes emissores de gases poluentes como Brasil, Índia e EUA.
O lançamento do Marco Inicial do Rio/Clima será no Forte de Copacabana, no domingo, dia 17 -dois dias depois de a Petrobras ter anunciado que reduzirá seus investimentos em biocombustíveis.
"Essa orquestra está completamente desafinada", disse Sirkis sobre a proposta da Petrobras.
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