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16/06/2012 - 20h46

Texto brasileiro evita retrocesso, mas não avança nada, dizem Amigos da Terra

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CLAUDIA ANTUNES
DO RIO

O texto de conciliação apresentado hoje pelo Brasil aos negociadores da Rio+20 pode "impedir um retrocesso", mas "não chega nem perto de apresentar soluções para as preocupações das pessoas de nosso planeta", disse Asad Rehman, chefe da divisão de clima da ONG Amigos da Terra.

O rascunho de documento final brasileiro tenta reduzir as distâncias entre as posições de países pobres e ricos, mas também dos EUA em relação a governos de países desenvolvidos mais comprometidos com a causa ambiental, sobretudo os nórdicos.

Sua barganha principal parece ter sido a manutenção dos chamados "princípios do Rio", em especial o das "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", em troca de uma diluição do capítulo relativo ao financiamento da transição para um modelo de desenvolvimento que preserve o ambiente.

"Diante de uma catástrofe planetária tripla --a catástrofe climática, o aumento da desigualdade e um consumo insustentável induzido por um sistema econômico quebrado--, o texto não é nem ambicioso o suficiente nem representa a vontade política necessária para consertar o nosso planeta quebrado", disse Rehman.

Para o porta-voz dos Amigos da Terra, o texto é reativo, devido aos "esforços de alguns países desenvolvidos, em particular os Estados Unidos, de rasgar o acordo obtido na Cúpula da Terra de 1992", a Eco-92. Segundo Rehman, por trás da posição americana estão "interesses corporativos" que bloqueiam a mudança necessária.

 

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