Polícia Federal desmonta esquema de desmate ilegal na Amazônia
Oito pessoas foram presas nesta quarta-feira (27), em Novo Progresso (PA), em operação que desarticulou o principal esquema de desmatamento ilegal com atuação hoje na Amazônia. Seis pessoas ainda estão foragidas.
A operação Castanheira, da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ibama, flagrou o desmate de ao menos 155 km2 de floresta, área equivalente a cerca de 10% da cidade de São Paulo.
Segundo o MPF, o grupo limpava grandes áreas de mata e voltava meses e até anos depois, quando loteava e vendia os terrenos. As maiores propriedades eram negociadas por até R$ 20 milhões.
A quadrilha utilizava o mesmo sistema do Ibama para monitorar focos de desmatamento e atuava sobretudo em dias de céu carregado de nuvens, para evitar satélites de monitoramento. A tática também incluía pagar famílias para derrubarem árvores menores, deixando as maiores obstruindo a visão.
Houve cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas (quando o investigado é obrigado a depor). A maior parte dos suspeitos são empresários da região.
Os envolvidos deverão ser indiciados por suspeita de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais e falsificação de documentos. Somadas, as penas podem passar de 50 anos.
A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de bens e contas bancárias relacionadas à quadrilha, além da suspensão de cadastros rurais.
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