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19/07/2010 - 11h35

Com 20 navios, China recolhe 50 toneladas de petróleo vazado

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DA EFE, EM PEQUIM

A China luta para conter o vazamento de 1,5 mil toneladas de petróleo que está vertendo de dois oleodutos, formando uma mancha de quase cem quilômetros quadrados na superfície perto do litoral de Dalian, ao nordeste de país.

Mais de 20 navios que trabalham na extração do petróleo já retiraram 50 toneladas e estenderam ao longo de sete quilômetros redes e bóias para conter o vazamento, segundo informou nesta segunda-feira (19) o jornal oficial "Diário do Povo".

Reuters
Veículos limpam petróleo liberado no mar próximo de Dalian, província de Liaoning
Veículos limpam petróleo liberado no mar próximo de Dalian, província de Liaoning

A mancha se situa na superfície da zona na qual confluem o mar de Bohai e o Mar Amarelo, que separam a China da península da Coreia.

Os analistas temem que a contaminação aumente. O departamento de Proteção Ambiental de Dalian colocou 30 bloqueadores para evitar que a contaminação se expanda.

"Ainda não foi atingida a área mais turística e a de praia", informou o subdiretor de Proteção Ambiental da cidade, Wu Guogong. Ele acrescentou que, apesar de restos de petróleo terem chegado à costa, em três quilômetros ao redor da zona afetada não há imóveis.

Incêndio

A maré negra é consequência de um incêndio que afetou dois oleodutos de propriedade da gigante estatal China National Petroleum Corp. (CNPC) e do porto de mercadorias Xingang em Dalian, embora não tenha provocado danos pessoais.

Pelas primeiras investigações, na sexta-feira foi registrada uma explosão em um oleoduto próximo ao porto, cujas chamas se propagaram para outro encanamento que corre paralelo ao primeiro e causaram ao menos outras cinco pequenas detonações.

Em comunicado, o porto de Dalian informou que os danos na infraestrutura marítima são limitados, embora as operações nos píers de petróleo permaneçam fechadas.

O acidente ocorreu logo após deixar o local um petroleiro com bandeira liberiana que descarregou por meio dos condutos 300 mil toneladas de petróleo.

As autoridades chinesas bloquearam a embarcação para investigação, pois não descartam que esta seja a causa direta da maré negra.

Cúpula

A poluição preocupa o governo. O presidente, Hu Jintao e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, deram ordens diretas de investigar o acidente.

"Uma equipe de investigação foi formada no domingo pela manhã para analisar a explosão, mas a causa ainda não foi determinada", indicou Sun Benqiang, subdiretor do escritório municipal de Segurança do Trabalho de Dalian.

Outros meios chineses apontam que uma operação "inadequada" de transposição do petróleo a partir do navio para terra aparece como a razão mais provável do desastre.

Por sua vez, a companhia petrolífera CNPC prometeu "fazer todo o possível" para reduzir o impacto do acidente, assegurou que as válvulas dos oleodutos foram fechadas e que já não são registrados vazamentos.

Dalian é uma importante cidade litorânea do nordeste da China, com mais de 6 milhões de habitantes, e conta com o segundo maior porto de mercadorias do gigante asiático.

Histórico

Os vazamentos de petróleo, embora de pequeno volume, são recorrentes no país asiático, e neste mesmo ano já ocorreram ao menos dois incidentes similares.

Em maio, a ruptura de um oleoduto da companhia petrolífera estatal chinesa Sinopec derramou 240 toneladas de petróleo em campos de cultivo e estradas da litorânea província oriental de Shandong.

No mês de janeiro, um vazamento em um oleoduto também de propriedade de CNPC contaminou 33 quilômetros do rio Wei, na província noroeste chinesa de Shaanxi.

A China é um dos países mais poluídos do mundo devido a sua veloz industrialização, que transformou o país asiático na terceira potência econômica em menos de três décadas.

Pelos dados não atualizados do Ministério do Meio Ambiente, 20% das águas dos rios chineses não são aptas ao consumo humano e 60% do litoral também está poluído.

A administração estatal oceânica divulgou no ano passado que a poluição chegava a quase todo o litoral chinês, com 83% da costa afetada.

 

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