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27/08/2010 - 14h58

Aquecimento global ajuda petroleiro russo a reabrir rota no Ártico

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IGNACIO ORTEGA
DA EFE, EM MOSCOU

A redução da camada de gelo que cobre o oceano Glacial Ártico devido ao aquecimento global permitiu que um petroleiro russo reabrisse a rota marítima ártica, alternativa ao canal de Suez e até agora fechada ao tráfego comercial.

O petroleiro Baltika zarpou do porto de Murmansk (mar de Barents) em 14 de agosto, e depois de uma semana e meia de travessia já se encontra em águas do mar de Chukotka, região onde se encontra o estreito de Bering, que separa os oceanos Ártico e Pacífico.

SXC
Aquecimento global ajuda petroleiro russo em rota ártica
Aquecimento global ajuda petroleiro russo em rota ártica

No começo da próxima semana, o navio chegará às águas do Pacífico, onde já não necessitará seguir a trilha produzida pos três quebra-gelos nucleares que o acompanham durante vários milhares de quilômetros.

Os quebra-gelos Rossia, Taymir e 50 Let Pobedy acompanharam o petroleiro durante mais da metade de sua viagem, ainda que na última fase o primeiro deles foi capaz de abrir sozinho a trilha no gelo.

O Baltika é um petroleiro com 44 metros de largura máxima, e por isso, nas zonas onde a camada de gelo é mais grossa é necessária a escolta de três quebra-gelos, o que não será o caso de outros navios de menor tamanho.

O petroleiro russo, que leva 72 mil toneladas de gás condensado à China, percorreu em 11 dias a distância que separa Murmansk da localidade de Pevek, no mar de Chukotka. Lá a tripulação obteve provisões de água potável e descansou durante três dias.

Segundo o especialista do Instituto de Geografia da Academia de Ciências da Rússia, Ivan Lavrentiev, a espessura do gelo diminuiu com o aquecimento global, o que ajudou a abrir o caminho de volta.

Com este trajeto, a Rússia pretendeu mostrar que a rota marítima ártica é segura e viável economicamente, a tempo de enviar uma mensagem para os navegantes de outros países --Estados Unidos, Canadá ou Dinamarca-- que têm pretensões territoriais na região.

A Rússia prevê apresentar em 2013 na Organização das Nações Unidas (ONU) uma reclamação territorial sobre a área.

 

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