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22/11/2010 - 09h05

Emissões de carbono caem em 2009 e voltam a subir em 2010, aponta estudo

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DA REUTERS

As emissões globais de dióxido de carbono devem alcançar um recorde em 2010, devido em grande parte ao crescimento da economia da China e da Índia e de sua dependência do carvão, de acordo com um estudo anual divulgado neste domingo.

O Projeto Global Carbono, um consórcio de organismos internacionais de pesquisa, disse também que as emissões globais caíram 1,3% em 2009 em relação a 2008, graças à crise financeira global. Mas a queda foi menos de metade da redução estimada um ano atrás.

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"A verdadeira surpresa é que esperávamos uma queda maior de emissões de combustíveis fósseis em função da crise financeira", disse Pep Canadell, diretor executivo do Projeto Global Carbono e um dos coautores do estudo publicado na edição mais recente do jornal "Nature Geoscience".

Os dados foram divulgados uma semana antes de começar no México a reunião da ONU sobre clima que visa encontrar maneiras de os países chegarem a um acordo mais rígido para frear as emissões de gases do efeito estufa.

Canadell também disse que os novos dados e a diminuição da derrubada das florestas tropicais mostram que as emissões resultantes do desmatamento diminuíram, compondo hoje 10% da emissão total de gases estufa. Em estudos anteriores, representavam entre 12% e 17%.

Cientistas dizem que a elevação do nível de CO2 --o principal gás causador do efeito estufa-- devido à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento está aquecendo o planeta.

Canadell disse à Reuters por telefone, de Canberra, na Austrália, que as emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis estão projetadas para aumentar mais de 3% em 2010 se o crescimento econômico seguir a curva prevista. Isso marcará um retorno aos índices de aumento altos de 2000-2008, disse ele.

"Esse tipo de índice de aumento indica que estamos ultrapassando rapidamente a meta de aquecimento de até dois graus Celsius", disse ele, aludindo ao nível além do qual, dizem cientistas, o mundo passa a correr o risco de sofrer mudanças climáticas "perigosas".

 

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