Publicidade
Publicidade
Alternativas sustentáveis para Amazônia precisam de investimentos permanentes
Publicidade
DA AGÊNCIA BRASIL
O modelo de desenvolvimento para a Amazônia que considerava a floresta como um obstáculo para o crescimento econômico da região está ultrapassado, mas a consolidação de alternativas sustentáveis precisa de investimentos permanentes.
"Não podemos voltar ao modelo antigo, do desmatamento, que não deu certo. Temos que olhar um novo modelo e dar escala a ele", defendeu nesta quinta-feira o pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) Adalberto Veríssimo durante encontro anual do Fórum Amazônia Sustentável.
Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook
O ex-governador e senador eleito pelo Acre, Tião Viana (PT), disse que sem uma "economia florestal", nem a tendência de queda do desmatamento da região será revertida em benefícios para os moradores da região. "Com a queda do desmatamento pode ser que a vinda de recursos fique ainda mais escassa, porque diminuirá a pressão da sociedade. Ainda é muito fácil captar recursos para projetos insustentáveis. O crédito está no século passado", comparou.
Viana defendeu mudanças na legislação para dar escala a investimentos sustentáveis e aumentar as compensações que os estados da região recebem pelo uso dos recursos naturais.
"Temos que trabalhar para que quem vive das cidades também se beneficie do uso de recursos naturais na Amazônia", avaliou Viana. O senador disse que pretende retomar no Congresso a discussão do FPE Verde [Fundo de Participação dos Estados], projeto da senadora Marina Silva, que cria uma reserva de recursos para estados que tenham unidades de conservação e terras indígenas em seus territórios.
O vice-governador eleito do Pará, Helenilson Gomes, argumentou que o atual modelo regulatório não permite que os lucros da exploração das riquezas extraídas das florestas se traduzam em desenvolvimento para a região. "O Pará é o 13° PIB [Produto Interno Bruto] do país, principalmente por causa da mineração, mas é o sexto estado mais pobre. Temos 2,8 milhões de paraenses que vivem abaixo da linha da pobreza."
Segundo Veríssimo, do Imazon, a substituição do modelo tradicional de exploração da Amazônia por uma economia que valorize a floresta e os serviços ambientais da biodiversidade demanda investimentos de cerca de R$ 20 bilhões por ano para serem aplicados em pesquisa e medidas como ordenamento fundiário e melhoria da capacidade de gestão dos estados.
+ NOTÍCIAS SOBRE AMAZÔNIA
- Amazônia deve suas espécies a formação dos Andes, diz estudo
- Amazonas já é o 3º Estado que mais desmata no Brasil
- Sudeste da Amazônia pode virar savana se estiagens persistirem, alerta pesquisa
+ NOTÍCIAS EM AMBIENTE
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Rio de Janeiro se mantém em nível de desmatamento zero, diz ONG
- Divulgadas primeiras fotos dos corais da Amazônia
- Derretimento de geleira na Antártida pode elevar oceanos em até 2 metros
- Calcule a pegada ecológica dos seus deslocamentos
- Biólogo especialista em classificar espécies está ameaçado de extinção
+ Comentadas