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Sem consenso, ministro diz que Código Florestal "progride"
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BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
A reunião que deveria servir para fechar questão dentro do governo em relação à redação do novo código florestal terminou com a manutenção do impasse entre os interesses do setor ambiental e do setor ruralista.
Após cerca de uma hora e meia de reunião no gabinete da Vice-Presidência no início da tarde desta quinta-feira (14), com a participação dos ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Wagner Rossi (Agricultura), o único "anúncio" feito pelo ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, foi o de que a redação está "progredindo".
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"O que podemos anunciar é que estamos progredindo, e eu diria que praticamente nós estamos construindo uma proposta que é consensual no governo", afirmou Luiz Sérgio.
A redação está travada em dois pontos centrais, demandas de ambientalistas: uma garantia a ser explicitada no texto de veto a qualquer novo desmatamento a partir do novo código, e garantir tratamento diferenciado entre quem promoveu desmatamento no passado, e quem preservou a vegetação.
Ao sair da reunião, a ministra Izabella Teixeira foi abordada pela Folha. Não quis dar entrevista, mas, perguntada se um consenso havia sido finalmente alcançado, disse apenas: "Claro que sim, olha a minha cara de felicidade". A ministra negou estar sendo irônica.
A permanência de conflitos em relação "a um ou outro ponto" foi admitida por Luiz Sérgio. Nesse sentido, o ministro não descartou a possibilidade de o debate sobre os pontos mais polêmicos serem delegados ao plenário da Câmara, em vez de transferir essa discussão para a redação do projeto.
"Pode, no caminhar, termos alguns pontos, que eu tenho muita conviccção que se chegar a isso serão poucos pontos, que acabem indo a debate. Mas isso é da vida parlamentar, faz parte do processo", disse o ministro.
O ministro das Relações Institucionais admitiu que o governo tem pressa para aprovar o código. Num recuo em relação a declarações dadas nos últimos dias por governistas, Luiz Sérgio disse que agora o governo trabalha para colocar o código em votação neste "semestre", e não mais até o fim de abril.
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