Publicidade
Publicidade
Dinamarca quer substituir aquecedores a óleo
Publicidade
SABINE RIGHETTI
ENVIADA A COPENHAGUE
O governo dinamarquês começará nesta quinta-feira (30) uma campanha nacional para que a população substitua os aquecedores domésticos a óleo por aparelhos mais modernos, movidos a energia elétrica ou solar.
A ideia é oferecer aos dinamarqueses um desconto de 30% na troca do aquecedor antigo --que deve ser levado a um dos postos de coleta espalhados pelo país-- pelo novo.
A iniciativa, de acordo com Anders Hasselager, da Agência de Energia da Dinamarca, ligada ao Ministério do Clima e Energia daquele país, é uma das estratégias do país para reduzir as emissões de CO2.
Até 2020, a Dinamarca pretende reduzir de 71% para 38% o consumo de combustíveis fósseis para transporte, energia e aquecimento. A meta mais ambiciosa é zerar o consumo desse tipo de combustível em 2050.
"Nossa ideia é que em 2050 todo o aquecimento doméstico seja totalmente feito com biomassa", explica Hasselager. Já a energia, diz ele, deve vir totalmente do vento em 2050.
AQUECIMENTO
Com inverno rigoroso, as casas da Dinamarca mantêm os aquecedores ligados por pelo menos seis meses por ano: de outubro a abril.
As casas mais modernas já são projetadas com painéis solares e com um tipo de material de construção que ajuda a "blindar" o frio. Já as mais antigas têm de optar pelo aquecimento reforçado.
Para convencer a população a trocar seus aparelhos, o governo está usando a mesma tática que fez sucesso há três anos, quando praticamente todos os refrigeradores antigos do país foram trocados por novos diante de um desconto de 50%.
Os modelos antigos de geladeira liberam o gás CFC, que destrói a camada de ozônio. Hoje, estima-se que pelo menos 15% das geladeiras do Brasil ainda tenham essa tecnologia.
MAIS IMPOSTOS
A Dinamarca também usa a estratégia inversa, ou seja, aumentar a taxação dos produtos para reduzir o consumo do que o governo considera poluente.
Esse é o caso dos carros. "Para ter um carro na Dinamarca, você paga por três por causa dos altos impostos", diz Hasselager.
O alto custo, associada às ciclovias planas e em boas condições, faz com que cerca de 35% da população do país use as bicicletas como principal meio de transporte.
A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a convite do Consórcio do Clima da Dinamarca, instituição ligada ao governo dinamarquês
+ canais
- Acompanhe o blog Laboratório
- Acompanhe a Folha Ambiente no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ notícias em ambiente
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Rio de Janeiro se mantém em nível de desmatamento zero, diz ONG
- Divulgadas primeiras fotos dos corais da Amazônia
- Derretimento de geleira na Antártida pode elevar oceanos em até 2 metros
- Calcule a pegada ecológica dos seus deslocamentos
- Biólogo especialista em classificar espécies está ameaçado de extinção
+ Comentadas