Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/06/2011 - 19h09

Dinamarca quer substituir aquecedores a óleo

Publicidade

SABINE RIGHETTI
ENVIADA A COPENHAGUE

O governo dinamarquês começará nesta quinta-feira (30) uma campanha nacional para que a população substitua os aquecedores domésticos a óleo por aparelhos mais modernos, movidos a energia elétrica ou solar.

A ideia é oferecer aos dinamarqueses um desconto de 30% na troca do aquecedor antigo --que deve ser levado a um dos postos de coleta espalhados pelo país-- pelo novo.

A iniciativa, de acordo com Anders Hasselager, da Agência de Energia da Dinamarca, ligada ao Ministério do Clima e Energia daquele país, é uma das estratégias do país para reduzir as emissões de CO2.

Até 2020, a Dinamarca pretende reduzir de 71% para 38% o consumo de combustíveis fósseis para transporte, energia e aquecimento. A meta mais ambiciosa é zerar o consumo desse tipo de combustível em 2050.

"Nossa ideia é que em 2050 todo o aquecimento doméstico seja totalmente feito com biomassa", explica Hasselager. Já a energia, diz ele, deve vir totalmente do vento em 2050.

AQUECIMENTO

Com inverno rigoroso, as casas da Dinamarca mantêm os aquecedores ligados por pelo menos seis meses por ano: de outubro a abril.

As casas mais modernas já são projetadas com painéis solares e com um tipo de material de construção que ajuda a "blindar" o frio. Já as mais antigas têm de optar pelo aquecimento reforçado.

Para convencer a população a trocar seus aparelhos, o governo está usando a mesma tática que fez sucesso há três anos, quando praticamente todos os refrigeradores antigos do país foram trocados por novos diante de um desconto de 50%.

Os modelos antigos de geladeira liberam o gás CFC, que destrói a camada de ozônio. Hoje, estima-se que pelo menos 15% das geladeiras do Brasil ainda tenham essa tecnologia.

MAIS IMPOSTOS

A Dinamarca também usa a estratégia inversa, ou seja, aumentar a taxação dos produtos para reduzir o consumo do que o governo considera poluente.

Esse é o caso dos carros. "Para ter um carro na Dinamarca, você paga por três por causa dos altos impostos", diz Hasselager.

O alto custo, associada às ciclovias planas e em boas condições, faz com que cerca de 35% da população do país use as bicicletas como principal meio de transporte.

A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a convite do Consórcio do Clima da Dinamarca, instituição ligada ao governo dinamarquês

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página