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Falta de energia preocupa economia japonesa após tripla tragédia
DA BBC BRASIL
Um ano após a pior tragédia natural da história do Japão, a busca por novas fontes de energia é a principal tarefa de casa para autoridades e pesquisadores japoneses.
O terremoto seguido de tsunami, no dia 11 de março de 2011, além de destruir praticamente todo o litoral nordeste do país e matar cerca de 19 mil pessoas, causou o pior acidente nuclear do mundo desde a tragédia de Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.
Por conta disto, o Japão vem sofrendo pressão da população e também de outros países para abandonar a energia nuclear, responsável até então pela produção de cerca de um terço do que o país consumia. O governo tinha planos de aumentar a utilização desta fonte de energia em até 50%. Mas, atualmente, apenas dois dos 54 reatores existentes no arquipélago estão funcionando.
O governo ordenou que sejam feitos testes de resistência, obrigatórios a partir de agora para verificar se as usinas nucleares são capazes de suportar desastres como o de março do ano passado.
Até o verão, todos os 54 reatores deverão ser desligados. Isto fez com que o déficit da balança comercial batesse um recorde no mês de janeiro passado.
As importações excederam as exportações em cerca de 19 bilhões de dólares por conta do grande aumento das importações de combustível.
Foi o quarto mês consecutivo de resultado negativo da balança comercial japonesa e também a diferença mais alta já registrada em 30 anos pelo Ministério das Finanças.
PROTESTOS
Desde março do ano passado, diversos protestos tomaram as ruas da capital japonesa e também de outras cidades do arquipélago. Os japoneses pedem o fim do uso da energia nuclear.
Após o acidente em Fukushima, países como Alemanha, Suíça e Bélgica decidiram abandonar a energia nuclear e desenvolver fontes alternativas renováveis de energia.
No entanto, cerca de outros 50 países no mundo operam, constroem ou têm planos de ter usinas nucleares. A questão foi exaustivamente abordada esta semana por todas as mídias japonesas.
E os pesquisadores entrevistados são unânimes: sem a energia nuclear, o Japão não tem como sobreviver e vai depender dela, mesmo enfrentando custos mais altos.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda e seus ministros ainda avaliam o que será feito. Mas espera-se que eles irão autorizar a reativação dos reatores, porém, com exames adicionais de segurança, como recomenda a Comissão de Segurança Nuclear japonesa e reivindicam os municípios que acolhem as centrais nucleares.
UM ANO
O terremoto de nove pontos de magnitude atingiu a região nordeste do Japão em março do ano passado. Cerca de 20 minutos depois, ondas de até 40 metros de altura varreram tudo o que tinha pela frente.
Segundo dados da polícia, cerca de 15 mil pessoas morreram e outras 3 mil continuam desaparecidas.
A tragédia se agravou depois que as ondas gigantes atingiram a usina nuclear de Fukushima, causando um acidente nuclear.
Mais de 80 mil família foram obrigadas a deixar suas casas num raio de 30 quilômetros de distância da planta.
Neste domingo, diversas cerimônias em todo o país devem lembrar as vítimas da tragédia que mais matou pessoas desde a Segunda Guerra Mundial.
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