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Para líder iraniano, potências nucleares "monopolizam" ciência
DA BBC BRASIL
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou nesta sexta-feira as potências nucleares mundiais de "monopolizarem" a ciência e a tecnologia em benefício próprio.
As declarações foram feitas durante uma visita ao pavilhão iraniano na Exposição Mundial em Xangai, na China.
Ahmadinejad criticou os Estados Unidos, dizendo que o país usou suas próprias armas nucleares, mas agora se recusa a admitir o uso pacífico da tecnologia nuclear por outros países.
O líder iraniano disse que o presidente americano, Barack Obama, está interferindo em assuntos internos de outros países da mesma maneira que seu antecessor, George W. Bush.
Ahmadinejad atacou ainda as sanções contra o Irã aprovadas na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU. Para ele, a resolução do conselho é "apenas papel", sem base legal.
Ele descartou, por enquanto, a expulsão dos inspetores internacionais que tentam monitorar o programa nuclear iraniano. Segundo ele, não há razão para que a equipe de inspetores deixe o país.
Rússia
Também nesta sexta-feira, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, que seu governo decidiu congelar a venda de mísseis para o Irã, em cumprimento às sanções aprovadas na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
As informações foram divulgadas pelo governo francês após um diálogo entre os dois líderes. Putin teria dito que a Rússia tomaria a decisão apesar do "custo muito alto" para o país.
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, havia dito considerar que um contrato para a venda ao Irã de mísseis terra-ar do sistema de defesa S-300 não estaria sujeito aos limites impostos pelas sanções da ONU.
A Rússia concordou em fornecer ao Irã os sistemas S-300 em 2007, mas nunca entregou as armas.
Os Estados Unidos e Israel temem que os mísseis, projetados para enfrentar aeronaves e outros mísseis, possam ser usados para proteger as instalações nucleares iranianas de possíveis ataques.
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