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27/06/2010 - 18h53

Irã já tem urânio suficiente para duas bombas, diz diretor da CIA

da BBC Brasil

O diretor da CIA (agência americana de inteligência), Leon Panetta, afirmou em uma entrevista transmitida neste domingo pela TV americana que acredita que o Irã já tem urânio enriquecido em quantidade suficiente para fazer duas bombas atômicas.

Segundo afirmou Panetta na entrevista ao programa This Week, da rede ABC, o Irã poderia ser capaz de ter um sistema de armamentos nucleares estabelecido em 2012.

O diretor da CIA afirmou que o país levaria um ano para enriquecer totalmente o urânio para as bombas e outro ano para viabilizar seu sistema de lançamentos.

O governo iraniano está sob intensa pressão internacional por causa de seu programa nuclear, mas nega as acusações de que estaria desenvolvendo armas atômicas.

No dia 10 de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma nova rodada de sanções militares e financeiras contra o Irã para pressionar pelo abandono do programa nuclear.

O Congresso americano também aprovou na semana passada um duro pacote de novas sanções financeiras e energéticas contra o Irã.

AFEGANISTÃO

Durante a entrevista à ABC, Panetta também reconheceu que a guerra no Afeganistão tem sido mais difícil e mais demorada do que o previsto.

Segundo ele, apesar dos avanços que foram feitos no país, ainda há problemas graves com o governo, com a corrupção e com a insurgência do Talebã.

Os comentários de Panetta foram feitos após o general David Petraeus ter assumido o controle das forças multinacionais no Afeganistão, após a demissão do general Stanley McChrystal.

McChrystal foi demitido na semana passada após criticar, numa entrevista a uma revista, o presidente Barack Obama e outras autoridades americanas.

Na entrevista transmitida neste domingo, Panetta insistiu que "a questão fundamental é se os afegãos aceitam responsabilidade" em assumir a batalha contra a insurgência depois que as tropas estrangeiras deixarem o país.

AL QAEDA

Panetta disse ainda que a Al Qaeda está provavelmente em seu ponto mais fraco desde os ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos.

Segundo ele, a rede teria de 50 a 100 militantes operando dentro do Afeganistão, enquanto o resto estaria escondido na área da fronteira do lado paquistanês.

"Estamos envolvidos nas operações mais agressivas da história da CIA naquela parte do mundo, e o resultado é que estamos abalando a liderança deles", afirmou Panetta.

Ele afirmou ainda que os Estados Unidos não recebem há anos boas informações de inteligência sobre o paradeiro do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Panetta disse, porém, que a Al Qaeda estaria buscando novas maneiras de atacar os Estados Unidos. A maior preocupação, segundo ele, seria o uso em possíveis operações de pessoas sem registros prévios ou que estejam morando nos Estados Unidos.

 

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