Publicidade
Publicidade
Colômbia convoca embaixadora em Caracas antes de reunião sobre as Farc
da BBC Brasil
Subindo o tom da crise entre Colômbia e Venezuela, o governo colombiano chamou a consultas a embaixadora de seu país em Caracas, María Luisa Chiappe, na noite da quarta-feira.
A medida foi tomada poucas horas antes da reunião extraordinária da OEA (Organização de Estados Americanos), convocada para esta quinta-feira em Washington, na qual Bogotá disse que mostrará "evidências" sobre a presença de importantes dirigentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) na Venezuela.
De acordo com a imprensa colombiana, Chiappe já está em Bogotá, onde se reunirá com a cúpula do governo de Álvaro Uribe.
A reunião extraordinária convocada a pedido da Colômbia é aguardada com expectativa. Bogotá afirma ter vídeos e fotos recentes da localização de acampamentos guerrilheiros em território venezuelano.
Essas acusações vieram à tona na semana passada, aumentando as tensões entre Colômbia e Venezuela, que se arrastam desde o ano passado.
O governo venezuelano qualificou como "mentirosas" as acusações e em resposta, chamou seu embaixador em Bogotá para consultas.
O presidente venezuelano Hugo Chávez ameaçou romper relações diplomáticas com a Colômbia antes do final do mandato de Uribe, previsto para 7 de agosto.
No embate na OEA, o presidente venezuelano disse ter orientado membros de sua equipe a "não cair em provocações" da Colômbia.
"Haverá que dar a batalha diplomática na OEA", afirmou Chávez durante encontro com o presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, em Caracas.
O embaixador da Venezuela na OEA, Roy Chaderton, disse que se trata "da enésima vez que este país (Colômbia) acusa a Venezuela sem ter provas concretas para tratar e gerar uma matriz (de opinião) negativa e de desprestígio" contra a Venezuela.
CRISE
Este novo episódio em torno da crise entre Caracas e Bogotá ocorreu pouco depois da renúncia do embaixador do Equador na Organização dos Estados Americanos (OEA) e do presidente do Conselho Permanente da organização, Francisco Proaño, que disse ter sido pressionado pelo governo do Equador a adiar a reunião desta quinta-feira.
"Até ontem, tinha o pedido expresso do chanceler para não convocar o Conselho", afirmou Proaño a jornalistas na sede da OEA.
"Tive de renunciar para não contradizer meu chanceler, nem descumprir o regulamento" da OEA, disse Proaño.
O Ministério de Relações Exteriores do Equador, por sua vez, negou esta versão por meio de um comunicado onde afirma que "em momento algum" o embaixador equatoriano "foi instruído de maneira expressa ou categórica, por via verbal e por nota" a cancelar a reunião.
A chancelaria equatoriana admitiu, porém, ter pedido a Proaño para "reconsiderar" o pedido da Colômbia" e "adiar" a reunião, "com o objetivo de analisar o atual momento político e realizar consultas com os demais países membros" da OEA.
O governo do presidente equatoriano Rafael Correa afirma considerar que não se deve tratar de "forma precipitada" do assunto, que "pode colocar em risco a manutenção da paz na região".
No lugar de Proaño como representante do Equador na OEA assumirá a ex-chanceler Maria Isabel Salvador.
Logo após a renúncia do equatoriano, foi nomeado como o novo presidente do Conselho Permanente o embaixador de El Salvador na OEA, Joaquín Alexander Maza Martelli, que presidirá a reunião que deve ter início as 10h30 (11h de Brasília).
+ Notícia em Mundo
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice