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Partidários de Suu Kyi aguardam sua libertação
DA BBC BRASIL
Centenas de apoiadores da líder política e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, de 65 anos, estão reunidos em frente a sua casa, em Mianmar, à espera de sua libertação da prisão domiciliar.
Neste sábado, expira a pena de 18 meses de prisão de Suu Kyi. Seu advogado, Nyan Win, diz que a libertação pode acontecer a qualquer momento.
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"Nós não sabemos com certeza se ela será libertada, mas esperamos que sim", afirmou.
Os admiradores e partidários estão à espera diante da casa pelo segundo dia consecutivo. Eles afirmam estar "rezando pela libertação" e "muito excitados".
Autoridades militares de Burma aumentaram a segurança nas ruas de Yangun, principal cidade do país, onde vive a Nobel da Paz.
Nos últimos 21 anos, a ativista permaneceu presa por um total de 15. Segundo o advogado, é possível que ela não aceite a liberdade condicional, se for proibida de exercer atividades políticas.
Ela deveria ter sido libertada em 2009, mas uma nova condenação aconteceu após o caso de um americano que atravessou a nado o lago Inya até sua casa, supostamente para salvá-la.
EXPECTATIVA
Na última sexta-feira, 2 mil apoiadores de Suu Kyi se reuniram do lado de fora de sua casa e na sede do seu partido, a NLD (Liga Nacional pela Democracia). No entanto, um membro do partido pediu que eles retornassem neste sábado.
Até agora, não houve pronunciamento formal dos generais que governam Burma sobre o caso de Suu Kyi, mas caminhões de policiais da tropa de choque já podem ser vistos nas ruas de Yangun.
Fontes em Burma disseram à BBC que os documentos que autorizam a libertação da prêmio Nobel já foram assinados, segundo o correspondente em Bangcoc, Alastair Leithead. Oficiais já teriam ido à casa de Suu Kyi para entregá-los.
O advogado Nyan Win disse que a ativista deverá encontrar a mídia e o público na sede do NLD assim que puder sair de casa.
O partido venceu as últimas eleições de Mianmar, em 1990, mas nunca conseguiu assumir o poder.
Suu Kyi ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, pela sua luta por reformas democráticas no país, que é governado por militares.
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