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02/05/2011 - 12h06

Saiba quem são os mais procurados pelo FBI após morte de Bin Laden

DA BBC BRASIL

Após a morte do fundador e líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden, as atenções se voltam para outros nomes da lista de mais procurados do FBI, a polícia federal americana.

O egípcio Ayman al Zawahiri, tido como o braço-direito de Bin Laden na Al Qaeda e possível novo líder da organização, poderá se tornar o principal alvo na lista de homens responsabilizados pelos Estados Unidos por atividades terroristas.

A lista era encabeçada por Bin Laden, mas foi oficialmente atualizada nesta manhã. Agora, a palavra "Falecido" consta no perfil do íder da organização extremista.

Conheça os dez mais procurados pelo FBI, listados de acordo com o montante de recompensa oferecido por informações que levem às suas capturas, e pela gravidade das acusações contra eles:

Ayman al Zawahiri

Al-Zawahiri é considerado o "número dois da Al Qaeda" e braço direito de Osama bin Laden. Ele já estava na lista nos 22 terroristas mais procurados anunciada pelo governo americano em 2001, e permanece na lista.

Um prêmio de US$ 25 milhões(cerca de R$ 39 milhões) é oferecido por sua captura --mesmo valor que pairava sobre a cabeça de Bin Laden.

Para alguns especialistas, o cirurgião oftalmologista egípcio é o mentor ideológico da Al Qaeda e o "cérebro operacional" dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Ele é formalmente acusado pelos Estados Unidos de participar dos ataques às embaixadas americanas em Dar es Salaam, na Tanzânia, e em Nairóbi, Quênia, em 7 de agosto de 1998.

Entre 2003 e 2010, Zawahiri foi um dos porta-vozes mais proeminentes da Al Qaeda, aparecendo em 40 vídeos da organização.

Ele foi visto pela última vez na cidade de Khost, no Afeganistão, em 2001, e se escondeu depois que o governo americano tirou o Taleban do poder.

Acredita-se que o médico egípcio esteja escondido nas regiões montanhosas da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. No entanto, há relatos de que sua esposa e filhos foram mortos em um ataque aéreo americano em 2001.

Ayman Al Zawahiri foi condenado à morte - à revelia, sem estar presente no tribunal --por uma corte no Egito. A Justiça egípcia o acusa por atos cometidos pelo grupo Jihad Islâmica Egípcia (EIJ, na sigla em inglês), que ele fundou nos anos 90.

Adnan G. El Shukrijumah

Segundo o FBI, Adnan G. El Shukrijumar, que morou nos Estados Unidos por 15 anos, foi um dos líderes do "programa de operações externas" da Al Qaeda.

Ele foi acusado nos Estados Unidos, em julho de 2010, de participação em um plano para atacar alvos americanos e britânicos. Ele é também suspeito de ter participado de planos para ataques da organização no Panamá e na Noruega.

Um complô do qual Shukrijumah supostamente participava, para atacar o sistema de metrô de NoVa York, foi descoberto em setembro de 2009. O esquema teria sido orquestrado por um líder da Al Qaeda no Paquistão.

Adnan Shukrijumah nasceu na Arábia Saudita, e se mudou para os Estados Unidos quando seu pai, um clérigo muçulmano, passou a trabalhar em uma mesquita no bairro do Brooklyn, em Nova York. depois, eles se mudaram para a Flórida.

No final dos anos 90, ele se convenceu de que deveria participar da jihad (guerra santa) e foi para campos de treinamento no Paquistão.

O governo americano oferece US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por informações sobre seu paradeiro.

Fahd Mohammed Ahmed Al Quso

O iemenita Fahd Al-Quso é acusado pela participação no atentado a bomba contra o navio americano USS Cole, que matou 17 marinheiros em 2000, na cidade portuária de Aden, no Iêmen.

Em 2003, ele chegou a ser preso pelas autoridades locais, mas escapou. Foi recapturado meses depois, mas saiu da prisão em 2007, apesar dos protestos do governo americano.

O prêmio para sua captura, segundo o FBI, é de US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões).

Acredita-se que Al-Quso esteja no Iêmen, mas há relatos de que ele pode ter sido morto em um ataque de aviões militares não-pilotados americanos em setembro de 2010, no norte da região do Waziristão, no Paquistão.

Jamel Ahmed Mohammed Ali Al Badawi

Jamel Al-Badawi também é procurado pelo ataque do navio americano USS Cole, no Iêmen, em 12 de outubro de 2000.

Ele foi capturado pelas autoridades iemenitas em abril de 2003 e em março de 2004, mas escapou ambas as vezes da prisão.

O prêmio pela captura do iemenita, que está foragido desde fevereiro de 2006, é de US$ 5 milhões (cerca de R$8 milhões).

Abdullah Ahmed Abdullah

O egípcio Abdullah Ahmed Abdullah foi acusado de participação nos atentados a bomba contra as embaixadas americanas de Dar es Salaam, na Tanzânia, e Nairóbi, no Quênia, em 1998.

O governo americano oferece uma recompensa de US$5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por sua captura ou informações sobre seu paradeiro.

Ele foi visto pela última vez saindo de Nairóbi, em avião, com destino à cidade de Karachi, no Paquistão.

Mohammed Ali Hamadei, Ali Atwa e Hassan-Iz-al-Idin

Os três homens, nascidos no Líbano, são procurados pela participação no sequestro de um avião comercial da empresa americana TWA, em 14 de junho de 1985.

O ataque causou a morte de um mergulhador da marinha americana.

Hamadei, Atwa e Iz-Al-Idin são supostos membros do grupo militante xiita libanês Hezbollah, considerado pelos Estados Unidos como uma "organização terrorista".

O governo americano oferece US$ 5 milhões por informações sobre cada um dos homens.

Saif al Adel

Saif Al-Adel é o nome utilizado pelo ex-tenente-coronel do exército egípcio Muhamad Ibrahim Makkawi. Ele viajou para o Afeganistão nos anos 80 para lutar contra as forças soviéticas, que ocupavam o país, ao lado dos chamados mujahedin (soldados sagrados, em árabe).

Em 1987, o Egito o acusou de tentar estabelecer no país um braço militar do grupo extremista islâmico Al-Jihad, e de tentar derrubar o governo.

Adel foi o chefe de segurança de Osama Bin Laden, e chegou a assumir diversas funções do comandante militar da Al-Qaeda, Mohammed Atef, depois de sua morte em um ataque aéreo americano em 2001.

Ele também é suspeito de participação dos ataques a embaixadas americanas no leste da África; de treinar os somalis que mataram 18 funcionários americanos na capital da Somália, Mogadishu, em 1993; e de dar instruções a alguns dos 11 sequestradores que participaram do 11 de setembro de 2011.

Depois da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos, acredita-se que Adel tenha ido para o Irã com Saad Bin Laden, um dos filhos do líder da Al Qaeda.

Eles teriam sido presos e mantidos sob vigilância da Guarda Revolucionária do Irã, mas o país jamais admitiu sua presença em seu solo.

De acordo com informações do FBI, Adel pode ter sido solto e viajado para o norte do Paquistão. O prêmio por informações que levem à sua captura é de US$ 5 milhões.

Adam Yahiye Gadahn

Adam Gadahn, um cidadão americano que vivia na Califórnia, se destacou como propagandista da Al Qaeda depois de aparecer em diversos vídeos da organização.

Depois de se converter ao islamismo na adolescência, Gadahn se mudou para o Paquistão em 1998 e casou-se com uma refugiada afegã.

Lá, ele se tornou tradutor da Al Qaeda e se associou ao comandante militar de campo da organização, Abu Zubaydah.

Em 2004, o departamento de Justiça americano nomeou-o como um dos sete membros da Al Qaeda que planejavam ataques iminentes nos Estados Unidos. Pouco depois, ele apareceu em um vídeo defendendo a organização, em que se identificava como "Azzam, o americano".

Em setembro de 2006, ele apareceu em um vídeo com Ayman al Zawahiri e pediu aos cidadãos americanos que se convertessem ao islamismo e apoiassem a Al Qaeda.

No mesmo ano, ele se tornou o primeiro cidadão americano a ser acusado de traição desde a Segunda Guerra Mundial.

O documento da acusação dizia que ele "aderiu conscientemente a um inimigo dos Estados Unidos (...) com intenção de trair os Estados Unidos."

O governo americano oferece US$1 milhão (R$ 1,5 milhão) por informações sobre Gadahn ou sua captura, mas analistas dizem que ele não tem significado operacional ou ideológico na Al Qaeda.

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