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Tanques sírios seguem para Homs depois de cerco a Deraa
DE SÃO PAULO
Tanques do Exército da Síria se encaminharam nesta quarta-feira para a cidade de Homs, onde eram realizados protestos contra o governo do presidente Bashar al Assad.
Cerca de mil pessoas participavam em Homs de manifestações contra o regime de Al Assad e de apoio a manifestantes da cidade de Deraa --considerada epicentro dos protestos sírios. Centenas de pessoas foram presas em Deraa na terça-feira, após batidas feitas de casa em casa.
Ativistas em Homs disseram à BBC que forças de segurança já haviam entrado na cidade, e que tanques do Exército se encaminhavam para lá no começo da noite (horário local).
O avanço em direção a Homs ocorre um dia depois de tanques e soldados terem cercado a cidade próxima Baniyas, no litoral, segundo informações locais.
Deraa, cidade no sul no país onde começaram os protestos contra o governo, em meados de março, está sitiada desde o final de semana passado. Houve relatos de tiros sendo disparados e de um grande número de prisões.
Cerca de 2.843 pessoas foram presas em toda a Síria, mas ativistas afirmam que o número pode chegar a oito mil. Eles afirmam ainda que muitos dos detidos foram torturados.
Grupos de defesa de direitos civis afirmam que 560 pessoas foram mortas desde o início dos protestos, em 15 de março.
Jornalistas estrangeiros não têm permissão para entrar no país e as informações não podem ser confirmadas.
CIDADE FECHADA
O Exército ainda não permite a entrada de pessoas em Deraa, onde estoques de alimentos e remédios estão acabando, segundo moradores.
As comunicações estão cortadas. Na terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner, afirmou que o uso de tanques, prisões arbitrárias e cortes na energia elétrica em Deraa são medidas "bárbaras e significam uma punição coletiva de civis inocentes".
As autoridades sírias, por sua vez, afirmam que encontraram armazéns de armas de rebeldes na cidade. Manifestantes insistem que o movimento é totalmente pacífico.
Apesar da repressão por parte do governo, os protestos continuam ao redor do país. Na capital, Damasco, estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Damasco protestaram no campus, e divulgaram declaração condenando "massacres, mortes e prisões cometidos contra manifestantes pacíficos".
Na noite de terça-feira, cerca de mil estudantes da Universidade de Aleppo, segunda maior cidade de Síria, também fizeram um protesto, que foi dispersado por forças do governo.
Estudantes foram presos, celulares e laptops foram confiscados.
Mais protestos e vigílias estão previstos para os próximos dias.
A Síria é considerada um dos mais repressivos países árabes. Os protestos antigovernistas são inspirados nos levantes populares que derrubaram os governos de Tunísia e Egito e deflagraram a crise na Líbia.
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