Publicidade
Publicidade
Fatah ignora Obama e pedirá reconhecimento da Palestina na ONU
GUILA FLINT
DA BBC BRASIL, EM TEL AVIV
Um dos principais assessores do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse neste sábado que os palestinos vão seguir adiante com o plano de pedir à ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro o reconhecimento de um Estado de acordo com as fronteiras de 1967.
Nabil Shaat afirmou que a medida será tomada apesar da oposição do presidente dos EUA, Barack Obama.
Em discurso sobre a política americana em relação ao Oriente Médio, pronunciado na quinta-feira, Obama afirmou que "ações simbólicas para isolar Israel na votação da ONU em setembro não vão criar um Estado independente".
Um dos principais líderes do Fatah --partido do presidente Abbas--, Shaat também reagiu ao pronunciamento do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, feito durante encontro com Obama na sexta feira.
Netanyahu rejeitou o chamado de Obama por um acordo de paz com os palestinos baseado nas fronteiras pré-1967, afirmando que Israel está pronto para fazer concessões, mas que não poderia haver paz "baseada em ilusões".
As fronteiras de 1967 referem-se ao traçado existente antes da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel anexou ao seu território a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, que pertenciam à Jordânia, além da Faixa de Gaza e da Península do Sinai (sob controle do Egito) e das Colinas de Golã (da Síria).
"Não penso que podemos falar sobre um processo de paz com um homem que afirma que as fronteiras de 1967 são uma ilusão, que Jerusalém é indivisível e que não quer o retorno de um refugiado palestino sequer", disse Shaat.
Hamas
O premiê de Israel argumentou que as fronteiras de 1967 são "indefensáveis" e reiterou reivindicações de manter os grandes blocos de assentamentos israelenses na Cisjordânia e o controle militar sobre a fronteira leste da região, ao longo do Rio Jordão.
O porta-voz de Abbas, Nabil Abu Rodeina, disse que os palestinos pedirão a Obama que pressione Israel a aceitar as fronteiras de 1967. Rodeina também disse que a posição de Netanyahu significa 'uma rejeição oficial' à iniciativa do presidente americano.
O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou que o discurso de Netanyahu em Washington "demonstra que as negociações com Israel seriam inúteis".
Segundo o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, o pronunciamento de Netanyahu prova que "é um erro acreditar que algum acordo seria possível".
"O Hamas não vai reconhecer a ocupação israelense em qualquer parte da Palestina", disse Abu Zuhri.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre EUA-Israel
- Obama fala de amizade com Israel; Netanyahu rejeita fronteiras de 67
- Discurso de Obama aumenta pressão sobre Netanyahu
- Israel vai construir novas casas em Jerusalém Oriental
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice