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01/06/2011 - 07h29

Tigre macho "adota" filhotes órfãos e surpreende especialistas

GEETA PANDEY
DA BBC, EM NOVA DÉLI

Um tigre macho que parece estar cuidando de dois filhotes órfãos surpreendeu as autoridades ambientais no norte da Índia.

Em uma demonstração inusitada de amor paterno, os especialistas acreditam o tigre T25 esteja tomando conta dos seus filhotes que perderam a mãe em fevereiro.

O natural, para a espécie, é que um tigre ataque um filhote quando o encontre. Entretanto, os especialistas disseram não ter encontrado evidências deste tipo de comportamento.

Pelo contrário, o macho foi fotografado caminhando apenas cerca de um metro atrás dos órfãos.

Os filhotes têm cerca de oito meses de idade e são muito jovens para caçar por conta própria. Desde a morte da mãe, a tigresa T5, em 9 de fevereiro, eles vêm sendo alimentados pelos funcionários do parque.

Na última segunda-feira, 30, o diretor de campo da reserva, Rajesh Gupta, disse tê-los avistado se alimentando de uma presa em companhia de T25.

"Eles tinham um aspecto saudável. Parece que o tigre macho está deixando os filhotes se alimentarem da presa, e não pegando todo o alimento para si", disse Gupta.

RARIDADE

Especialistas em vida selvagem dizem que esse tipo de relacionamento entre o macho e os filhotes é extremamente raro.

Normalmente, os tigres deixam totalmente para a mãe a responsabilidade de cuidar das crias --que, na ausência da tigresa, muitas vezes são simplesmente vistas como alimento pelo tigre dominante.

"Normalmente a tigresa mantém um olho nos filhotes, enquanto o pai é um visitante que vem e vai embora, especialmente quando aparece para cruzar com a fêmea", disse à BBC o chefe da guarda florestal do Rajastão, U.M. Sahai.

O parque de Ranthambore, a mais conhecida reserva natural da Índia, tem cerca de 40 tigres, incluindo uma dezenas de filhotes.

De acordo com o último censo divulgado em março, o país tem pouco mais de 1.700 destes felinos --uma redução drástica em relação aos cerca de 100 mil estimados no início do século passado.

Especialistas afirmam que 97% dos indivíduos da espécie foram dizimados pela caça ilegal e a redução dos habitats naturais.

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