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28/09/2011 - 19h22

Cubanos poderão comprar e vender carros a partir do dia 1º

DA BBC BRASIL

O Diário Oficial de Cuba publicou nesta quarta-feira a medida que legaliza, a partir de 1º de outubro, a compra e a venda de automóveis, um tipo de comércio que estava havia mais de 50 anos sob fortes restrições.

A decisão é mais um passo no pacote de reformas econômicas propostas pelo presidente Raúl Castro, na tentativa de modernizar o modelo comunista cubano.

A medida que autoriza as transações com carros já havia sido anunciada em abril.

Atualmente, os cubanos podem apenas transferir a propriedade de carros fabricados antes de 1959, ano da revolução que levou Fidel Castro ao poder.

Por essa razão, é possível encontrar circulando nas ruas de Cuba diversos modelos de carros americanos dos anos 1950.

CARROS IMPORTADOS

Quando a lei entrar em vigor, a venda de carros novos poderá ser feita somente em dólares ou em pesos convertíveis.

Cubanos que ganham nessas moedas, ou seja, que trabalham para o governo ou em postos ligados ao governo, vão poder comprar carros novos, desde que consigam uma autorização do Ministério dos Transportes.

O restante da população poderá comprar carros produzidos após 1959 de estrangeiros ou de pessoas autorizadas a importar carros produzidos na antiga União Soviética.

Já os estrangeiros que vivem em Cuba poderão comprar carros novos em locais autorizados ou importá-los, mas devem obedecer à limitação de duas compras por toda estada na ilha.

Dezenas de milhares de cubanos que foram autorizados a comprar carros soviéticos podem agora vender os veículos livremente para outros cubanos.

Quem comprar ou vender um carro deve pagar uma taxa de 4%. Os compradores também terão de fazer uma declaração dizendo que o dinheiro usado na compra foi obtido legalmente.

Artistas e esportistas, que já têm autorização para importar carros, também poderão vendê-los.

REFORMAS

Desde que recebeu o poder das mãos do irmão, Fidel, em 2008, Raúl Castro vem defendendo reformas que possibilitem a criação de um mercado livre limitado no país.

Em agosto, o Parlamento cubano deu luz verde a um plano de reformas econômicas que deve trazer mudanças importantes ao modelo comunista vigente no país.

Entre as 313 medidas, estava a comercialização de moradias, o que significa a volta da propriedade privada à ilha.

Com a aprovação do plano, os cubanos vão poder, pela primeira vez em 50 anos, comprar propriedades.

A escassez de habitações é um dos grandes problemas da ilha, já que apenas a troca de casas é permitida (sem uso de dinheiro), o que provocou a criação de um mercado negro para a aquisição de moradias.

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