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09/07/2010 - 10h03

Em São Paulo, RG animal traz nº de telefone que não existe

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RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO

A cachorra Fiametta acaba de tirar a carteira de identidade. Essa bull terrier de seis anos agora leva na coleira uma plaquinha metálica com dois números.

Num lado, está seu RG animal-obrigatório desde 2001. No outro, o telefone da Prefeitura de SP.

Em teoria, caso Fiametta fuja de casa, a pessoa que encontrá-la acionará esse telefone, e a prefeitura imediatamente entrará em contato com a dona da cachorra.

Na prática, não será assim. Ninguém atenderá a ligação. O telefone gravado nas placas (6224-5500) está errado. O correto é o 3397-8900.

Carlos Cecconello/Folhapress
Fiametta leva seu RG canino recém-tirado na coleira, mas número de telefone na plaquinha não existe
Fiametta leva seu RG canino recém-tirado na coleira, mas número de telefone na plaquinha não existe

"O quê?", indigna-se a empresária Luciana Paolucci, 39, ao saber do problema pela Folha. Na segunda-feira passada, ela pagou R$ 5 pela plaquinha de sua bull terrier.

"Fui atrás desse RG por temer que a Fiametta se perca."

O telefone não é mais aquele desde 2008, quando os números fixos da Grande São Paulo com prefixo 6 foram transformados em linhas de celular. Apesar disso, as placas velhas continuam sendo distribuídas.

Segundo o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), órgão municipal responsável pelos temas animais, cerca de 470 mil cachorros e gatos já receberam o RG. A cidade tem 2,4 milhões de cães e 580 mil gatos domiciliados.

Entidades de defesa animal reclamam que a prefeitura nunca mandou aos donos alguma carta avisando da mudança de telefone.

"Muito cão errante na rua não é abandonado. Está perdido", diz Luiz Scalea, da Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis.

A prefeitura argumenta que as placas velhas não foram recolhidas porque o importante não é o telefone, mas o RG animal.

"As pessoas podem ligar para o 156 [telefone da prefeitura de atendimento à população] ou acessar o site da prefeitura." afirma Ana Claudia Mori, gerente do CCZ.

A prefeitura diz que placas com o telefone correto -e que já podem substituir as antigas- foram adquiridas.

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