Acelerador de partículas em Campinas aguarda recursos
No Brasil, outro projeto aguarda a liberação do dinheiro: o novo anel de luz síncrotron, localizado em Campinas, interior de SP.
O terreno onde será construído o chamado projeto Sirius, orçado em R$ 650 milhões, já está em terraplanagem. A expectativa é começar a obra em setembro. Mas o dinheiro ainda não é certo.
"O dinheiro está planejado no orçamento plurianual. Mas é um planejamento. Se houver cortes federais, se as condições do país mudarem, a gente tem de mudar o orçamento", diz Raupp.
Se não houver cortes, a obra ficará pronta em 2016. O anel permitirá que os cientistas, por exemplo, enxerguem o conteúdo de um ovo fossilizado de dinossauro.
Segundo Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), até o momento o projeto recebeu R$ 55 milhões do ministério. "Neste ano, o Sirius deve receber quase R$ 87 milhões."
De acordo com o diretor, cerca de 25 empresas já demonstraram interesse na fabricação dos componentes do anel em parceria.
O aperto no orçamento não se aplica aos recursos destinados a pesquisas feitas nas empresas. O dinheiro operado para pesquisa privada no ministério já chega a R$ 5,5 bilhões em créditos para inovação (via Finep, órgão federal que financia projetos de inovação).
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