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04/08/2010 - 14h47

Balões gigantes poderiam remover lixo espacial, diz empresa americana

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DA NEW SCIENTIST

Balões de hélio são conhecidos por puxarem coisas para cima. Mas eles também poderiam ser usados para puxar satélites de volta para a Terra, segundo proposta de um grupo de engenheiros.

Satélites desativados são um risco para outros objetos em órbita. Em 2009, um deles chocou-se com um satélite em funcionamento, destruindo ambos e gerando milhares de fragmentos no espaço.

Nasa
Engenheiros americanos propõem o uso de balões gigantes de hélio capazes de puxar satélites desativados em direção à atmosfera terrestre, onde eles seriam incinerados; empresa Global Aerospace quer testar conceito
Engenheiros americanos propõem o uso de balões gigantes de hélio capazes de puxar satélites desativados em direção à atmosfera terrestre, onde eles seriam incinerados; empresa Global Aerospace quer testar conceito

Uma maneira de evitar essas colisões é fazer com que os satélites liguem seus próprios motores no fim de suas vidas úteis a fim de empurrá-los de volta à atmosfera da Terra, onde seriam incinerados. Mas isso requer lançá-los da Terra com combustível adicional, adicionando massa, o que aumenta o custo do lançamento.

Balões seriam um modo mais barato de resolver o problema. Kristin Gates, da Global Aerospace Corporation, em Altadena, Califórnia, apresentou essa ideia ontem na conferência de especialistas em astrodinâmica em Toronto, no Canadá.

Novos satélites poderiam ser lançados com um balão dobrado e guardado a bordo. Quando o satélite chegar ao fim de sua vida útil, o balão poderia ser enchido com hélio ou outro gás, criando um peso extra à medida que o balão colide com a tênue atmosfera externa terrestre.

Um balão de 37 metros de diâmetro levaria apenas um ano para puxar um satélite de 1.200 quilos a partir de uma órbita inicial de 830 quilômetros para uma altitude baixa o suficiente para queimar na atmosfera, segundo cálculos da Global Aerospace. Sem o balão, isso levaria décadas.

O balão e o equipamento necessário para inflá-lo adicionaria apenas 36 quilos de massa ao satélite, menos do que o combustível necessário para tirar o satélite de órbita sem o balão, dizem os engenheiros.

Brian Weeden, da Fundação Mundo Seguro, em Washington D.C., organização que promove o uso pacífico do espaço, diz que o conceito parece razoável. Mas também afirma que não funcionaria para todos os satélites. Satélites geoestacionários, por exemplo, orbitam a 36 mil quilômetros da Terra, onde há muito pouco gás para que o empuxo gerado pelo balão seja forte o suficiente.

O presidente da Global Aerospace, Kerry Nock, admite que o conceito do balão funcionaria somente abaixo de 1.500 quilômetros, mas note que isso engloba uma região particularmente congestionada, de 800 quilômetros para cima, onde ocorreu a colisão de 2009.

O problema do lixo espacial ficará pior a menos que ações sejam tomadas para combatê-los, diz Nock. "É um problema crescente e ele não irá simplesmente desaparecer."

A empresa está agora buscando financiamento para executar uma demonstração do conceito.

 

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