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22/08/2010 - 13h51

Falta de comprovação científica não desanima interessados

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GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Tetraplégica há seis anos, a ex-modelo pernambucana Yoko Sugimoto, 26, acaba de voltar da China, onde se submeteu a um tratamento com injeções de células-tronco.

"Acho que valeu muito a pena. Agora consigo fazer alguns pequenos movimentos com o pulso que antes eram impossíveis. Também sinto mais equilíbrio no corpo."

Para pagar a terapia e os custos da viagem, estimados em R$ 100 mil, amigos criaram um blog (www.yokonachina.com.br) com sua história. Em sete meses no ar, a quantia foi arrecadada.

A jovem conta com a assessoria de uma jornalista e de um publicitário e apareceu em vários jornais e canais de televisão, incluindo em um telejornal local da Rede Globo no Nordeste.

Agora, ela vai iniciar uma nova campanha para custear a segunda fase do tratamento, também na China.

Sugimoto afirma que estudou o tema a fundo e estava consciente dos riscos.

O neurocirurgião Alberto Bortman, pai da estudante Daniela, 27, tetraplégica desde 2006, diz o mesmo.

Acostumado a tratar pacientes com lesões semelhantes às da filha, o médico se viu "sem alternativas" quando a jovem ficou paralisada após um acidente.

"Como médico, eu sabia que as chances de dar certo eram muito pequenas, mas qualquer coisa que me falavam eu tentava. Sou de origem judaica, mas frequentei vários centros espíritas."

Em 2008, eles embarcaram para China para fazer um tratamento em uma das clínicas mais movimentadas do país. Em seu site, o local diz ter atendido pacientes de mais de 80 nacionalidades.

"Ela [Daniela] teve alguma melhora, mas foi pequena. Um movimento no pulso que antes não era capaz de fazer. Não sei se foi por causa da cirurgia, mas aconteceu logo depois", disse o pai.

A geneticista Lygia Pereira afirma que a melhora não significa que as células-tronco funcionaram. "Os tratamentos podem ter um efeito psicológico muito forte que explica alguns pequenos progressos."

 

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