Publicidade
Publicidade
Falha do Haiti pode provocar outro violento terremoto, preveem geólogos
Publicidade
DA FRANCE PRESSE
O terremoto que sacudiu o Haiti em 12 de janeiro foi devastador, mas não liberou todas as tensões acumuladas através dos anos em uma conhecida falha sísmica, que ainda representa um grande perigo para Porto Príncipe, adverte um estudo norte-americano.
Este violento terremoto, de 7 graus de magnitude e cujo epicentro localizou-se a apenas 25 km da capital, Porto Príncipe, deixou mais de 250 mil mortos no início do ano.
Chinês inventa cama antiterremoto
Islândia pode enfrentar décadas de vulcanismo violento, dizem cientistas
Liga metálica superelástica pode melhorar edifícios contra terremotos
Sua origem foi atribuída à falha de Enriquillo-Plantain Garden (EPGF), bem identificada pelos pesquisadores, mas cujo funcionamento ainda não se entende bem. Esta falha já havia provocado terremotos de magnitude similar em 1751 e 1770.
Essa complexa falha produzida pelos movimentos telúricos, de 270 km de extensão, atravessa a estreita península ocidental de ilha Hispaniola, que o Haiti compartilha com a República Dominicana.
Entretanto, segundo uma equipe de geólogos liderada por Carole Prentice, do serviço geológico dos Estados Unidos de Menlo Park, na Califórnia, o papel da EPGS neste terremoto é mais complicado do que parece.
SEM SINAIS
Os pesquisadores estudaram detalhadamente os dados terrestres, fotos aéreas e observações de satélites da falha em busca de rastros deixados pelo terremoto. Embora tenham achado múltiplas provas deixadas pelos tremores do século 18 (falhas, levantamento de terra, cursos de água desviados e outros), não encontraram nenhuma que pudesse ser atribuída ao terremoto de 12 de janeiro passado.
Este caso não é o único na história da sismologia, mas é muito raro e surpreendente, já que o terremoto foi muito violento e ocorreu perto da superfície.
O tremor pode ter sido causado por outra falha próxima, não identificada, ou até pela EPGF a grande profundidade.
Seja qual for a explicação, as observações e os modelos de computador realizados pelos geólogos para tentar explicar esse fenômeno permitem pensar que o terremoto de janeiro não foi suficiente para liberar todas as tensões telúricas que se acumularam na superfície desta falha desde os tremores anteriores, há 250 anos.
A falha Enriquillo-Plantain Garden "segue representando um grande perigo sísmico para o Haiti, em particular para a região de Porto Príncipe", adverte o estudo publicado pela Nature Geoscience.
A inquietação é particularmente importante sobre uma faixa de 110 km que passa ao sul da capital, entre o lago Miragoane, a oeste, e Dumay, a leste.
Essas regiões da falha são capazes de gerar um terremoto que poderia criar nessa zona urbana tremores ainda mais violentos na superfície que os de 12 de janeiro, advertem os autores do estudo.
+ NOTÍCIAS EM AMBIENTE
- Fazer turismo no Nilo custa caro ao ambiente
- Novo diretor-geral da BP afirma que empresa não vai sair dos EUA
- Na Amazônia, floresta alugada começa a dar madeira
- Maricultores da região dos Lagos (RJ) têm 4 meses para regularização ambiental
- Destruição de rios e lagos ameaça saúde e alimentos, diz ONU
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice