Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/11/2010 - 12h44

Eliminar os morcegos não é melhor opção, segundo pesquisadora

Publicidade

DE SÃO PAULO

A presença de morcegos pode trazer inconvenientes, como barulho alto, odores e fezes espalhadas. Ainda assim, na opinião da pesquisadora Susi Pacheco, do Instituto Sauver, matá-los não é a melhor alternativa.

Cidade grande atrai morcego sem teto

"Matar o animal não torna o ambiente menos propício para uma colônia de morcegos. As características que atraíram uma colônia, em pouco tempo, acabarão percebidas por outro grupo de animais", diz.

Embora os morcegos sejam comumente associados a doenças e considerados problemas de saúde pública, poucos dados são consistentes a esse respeito.

Uma das poucas exceções é a raiva que, comprovadamente, pode ser transmitida pelo animal.

Mesmo assim, nas grandes capitais brasileiras, os registros de positividade da doença entre os bichos oscilam entre 0,5% e 0,8%, dentro do índice de normalidade da OMS (Organização Mundial da Saúde).

"O ideal é entrar em contato com as secretarias responsáveis ou pesquisadores do assunto. Eles podem orientar sobre o que fazer", afirma a pesquisadora.

O QUE FAZER

Nunca se deve tocar no animal com a pele desprotegida. O ideal é usar uma luva ou pano grosso.

Quem não quiser se aventurar, deve entrar em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ou a vigilância ambiental, que poderão tirar o morcego de perto de forma correta.

No caso de uma colônia inteira, o procedimento é mais complicado. Não basta retirar os morcegos, é preciso vedar as entradas para garantir que eles não retornem ao local.

"O fechamento definitivo das aberturas de entrada e saída dos morcegos somente deve ser feito após não ter mais nenhum animal. Do contrário, o odor dos bichos putrefatos será horrível", afirma Pacheco.

A pesquisadora alerta que não se deve utilizar produtos químicos para repelir os morcegos. "Como são mamíferos, os produtos que fazem mal a eles também podem fazer mal aos humanos", conclui.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página