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Jipe que investigará Marte tem laser para pulverizar rochas
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RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON
O próximo jipe-robô da Nasa vai pousar em Marte disparando um raio laser e pulverizando rochas para explorar a cratera Gale, na região equatorial do planeta, que tem uma montanha no meio.
O plano completo da missão MSL (Mars Science Laboratory), anunciado na sexta-feira (22), em Washington, confirmou o lançamento da nave que levará o veículo ao espaço no fim de novembro.
Batizado de Curiosity (curiosidade), o novo jipe tem o dobro do tamanho de seus antecessores, Spirit e Opportunity, e vai carregar dez instrumentos científicos diferentes.
Com três metros de comprimento, o veículo tem como objetivo principal investigar a história geológica e atmosférica de Marte, para saber se o planeta já foi (ou ainda é) capaz de abrigar vida.
NADA DE ASTRONAUTA
A confirmação de que o projeto está saindo como planejado foi um alívio em um ano difícil para a Nasa.
Em meio ao clima de velório no programa de tripulação humana dos EUA -o último ônibus espacial a voar pousou na quinta-feira-, executivos da agência estão tendo de lidar com a ameaça de corte de verba do Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble.
Sem planos em vista para enviar humanos a Marte nem a longo prazo, as estrelas vão continuar sendo os robôs.
O consolo é que o Curiosity --com custo de US$ 2,3 bilhões-- vai reunir informação útil para planejar uma eventual missão tripulada.
"Cada jipe que enviamos a Marte nos ajuda a entender a história do planeta, de que ele é composto e quais recursos estão disponíveis", disse à Folha Michael Meyer, chefe do programa de exploração marciana da Nasa.
"Quando decidirmos enviar astronautas, poderemos escolher uma região onde haja gelo abaixo da superfície para fazer combustível ou oxigênio. Ou poderemos usar as informações para enviar humanos aos lugares mais interessantes do planeta", completou.
Dando entrevista no Museu do Ar e do Espaço em frente a uma réplica do Curiosity, porém, os líderes do projeto pouco falaram sobre a perspectiva de missão tripulada. O entusiasmo está todo voltado para o que o novo robô-cientista poderá descobrir em Marte.
EXPLORAÇÃO
A cratera Gale, com 5 km de profundidade, tem várias camadas geológicas expostas, como em um desfiladeiro, o que permitirá estudar a história de Marte. Cientistas acreditam que, no passado, o local estava cheio de água.
"Muitos instrumentos do jipe são capazes de detectar água", diz Dawn Summer, geóloga-chefe do projeto. Um deles, explica, é uma espécie de câmera química, chamada ChemCam.
"Ela dispara um laser que pulveriza parte de uma rocha e analisa a composição química a partir do brilho que o material alvejado emite. Se sair vapor, nós vamos ver a assinatura da água."
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