Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.
Lanterninha em competitividade, Brasil deve priorizar política pública
Lanterninha, o Brasil amargou a 39ª colocação na pesquisa Índice de Competitividade das Nações, desenvolvida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A pesquisa analisa 83 variáveis quantitativas em temas como economia, comércio internacional, política fiscal, crédito, tecnologia, produtividade e capital humano. São comparados os índices de 43 países, tabulados em um ranking das condições sistêmicas de concorrência internacional.
O Índice identifica, anualmente, os principais avanços e restrições ao crescimento da competitividade brasileira. A pesquisa separa os 43 países em quatro quadrantes: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa. O Brasil se encontra no grupo de baixa competitividade, atrás de Tailândia, México, África do Sul, Filipinas e Venezuela e à frente apenas de Turquia, Colômbia, Indonésia e Índia.
Na liderança estão os Estados Unidos, mas os destaques vão para Cingapura - do quadrante de competitividade elevada - e Áustria - competitividade satisfatória -, que avançaram três posições. Além disso, Israel e Hungria subiram duas posições cada um.
Esses países que avançaram em competitividade tiveram um plano e disciplina de execução para alcançar essas conquistas. Já o Brasil, apesar de ter experimentado melhoras em alguns quesitos, permaneceu na mesma posição.
A conclusão a que o estudo da Fiesp chegou é de que o Brasil, para retomar a rota do crescimento, precisa investir em seis prioridades na agenda de políticas públicas. A simplificação e a redução da carga tributária para o setor produtivo, a redução no custo do financiamento e o alinhamento cambial são os mais urgentes, além de investimentos em infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e educação.
Apesar da urgência que essas medidas ensejam, seus resultados não aparecem imediatamente após a implantação, levando certo tempo para serem percebidos na prática. Por isso,merecem um plano estratégico de médio e longo prazo, além de muita disciplina do poder público. Não há que se esperar que esses índices mostrem melhoras significativas nos próximos anos.
*Grupo * | País | Nota | |
Competitividade elevada | 1 | Estados Unidos | 86,6 |
2 | Suíça | 78,0 | |
3 | Coreia do Sul | 77,1 | |
4 | Cingapura | 72,9 | |
5 | Holanda | 72,6 | |
6 | Dinamarca | 71,7 | |
7 | Hong Kong | 71,5 | |
8 | Suécia | 69,0 | |
9 | Noruega | 68,7 | |
10 | Japão | 67,9 | |
11 | Israel | 66,5 | |
Competitividade satisfatória | 12 | Alemanha | 66,1 |
13 | Irlanda | 65,5 | |
14 | Áustria | 60,7 | |
15 | Canadá | 60,6 | |
16 | Finlândia | 59,9 | |
17 | Nova Zelândia | 59,3 | |
18 | Austrália | 58,4 | |
19 | China | 58,1 | |
20 | França | 56,0 | |
21 | Reino Unido | 54,0 | |
22 | Bélgica | 52,9 | |
Competitividade média | 23 | Espanha | 51,0 |
24 | República Tcheca | 49,2 | |
25 | Rússia | 48,1 | |
26 | Hungria | 45,6 | |
27 | Itália | 45,4 | |
28 | Malásia | 44,4 | |
29 | Polônia | 43,4 | |
30 | Portugal | 41,0 | |
31 | Grécia | 38,1 | |
32 | Chile | 36,0 | |
33 | Argentina | 35,1 | |
Competitividade baixa | 34 | Tailândia | 33,2 |
35 | México | 26,5 | |
36 | África do Sul | 24,7 | |
37 | Filipinas | 23,4 | |
38 | Venezuela | 22,2 | |
39 | Brasil | 21,5 | |
40 | Turquia | 20,0 | |
41 | Colômbia | 19,0 | |
42 | Indonésia | 17,4 | |
43 | Índia | 10,3 |
Fonte: Fiesp
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