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cida santos

 

18/11/2011 - 16h25

O quinto lugar do Brasil

O último jogo da seleção brasileira feminina na Copa do Mundo de vôlei serviu como consolo, um aviso que as coisas podem melhorar. O time jogou bem e ganhou da República Dominicana por 3 sets a 0 (25/21, 25/10 e 25/17). Já a campanha no torneio não foi boa. Era um dos favoritos ao título, acabou em quinto lugar e não conquistou uma das três vagas olímpicas que estavam em jogo. Os classificados foram Itália, Estados Unidos e China. Agora é acertar a equipe, a cabeça das jogadoras e disputar em casa o Pré-Olímpico Sul-Americano, em maio, para ir aos Jogos de Londres. Vai ser tranquilo. O principal adversário será a Argentina.

Da equipe titular, a única que não começou jogando contra as dominicanas foi a ponteira Mari, que não atuou bem na Copa do Mundo. Sofreu muito com o passe e teve dificuldades no ataque. Uma pena porque é uma grande jogadora e faz muita falta. Essa má fase da Mari se tornou um problema maior já que outras três ponteiras da seleção estavam machucadas: Jaqueline, Natália e Fernanda Garay. O técnico José Roberto Guimarães tinha só uma opção para substituir a Mari, a Sassá.

Na última rodada, a base do time foi a oposto Sheilla e a levantadora Danielle Lins; as centrais Thaísa e Fabiana; as ponteiras Paula Pequeno e Sassá; e a líbero Fabi. Mas a sensação foi a central Adenízia. Ela entrou no primeiro set no lugar da Thaísa e terminou como a melhor jogadora da partida. O mérito do time foi marcar bem a Bethânia De La Cruz, a maior pontuadora do torneio. Já a maior pontuadora do jogo foi a Paula Pequeno, com 12 pontos. Paula é a boa notícia da seleção. Ela está voltando a jogar a bem.

Para o torcedor brasileiro, fica outro consolo. Não foi só o Brasil que vacilou na Copa do Mundo. A seleção americana venceu a Itália, assumiu a liderança e entrou na última rodada contra o Japão precisando de uma vitória para conquistar o título. E o que aconteceu? Perdeu das japonesas e por 3 sets a 0 (29/27, 25/23 e 25/18). Não conseguiu parar o ataque adversário. O Japão fez 56 pontos de ataque contra 42 dos Estados Unidos. O destaque foi a Ebata, maior pontuadora do jogo com 21 pontos.

O Japão acabou em quarto lugar, não conseguiu a vaga olímpica, mas fez festa diante da sua torcida: teve o prazer de vencer os Estados Unidos na última rodada. Mais: ganhou também por 3 sets a 0 do Brasil. Pode anotar: as japonesas vão dar trabalho na Olimpíada. Outras conclusões: a China evoluiu, deu uma mudada na base e está com uma equipe bem melhor do que nas temporadas passadas. Olho também na Alemanha, da central Christiane Furst, eleita o melhor bloqueio da Copa do Mundo.

Com o vacilo das americanas, a Itália foi a campeã da Copa do Mundo. Pegou na última rodada o Quênia e cumpriu o seu papel: ganhou por 3 sets a 0 (25/6, 25/10 e 25/17). Fez uma grande campanha: em 11 jogos, só uma derrota para os Estados Unidos. Vale destacar que a seleção italiana vem de uma crise: foi muito mal no Campeonato Europeu e como não chegou à final não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo.

Só disputou o torneio porque recebeu convite da Federação Internacional de Vôlei. Mesmo sem Piccinini, estrela e musa da equipe, jogou muita bola. Uma das novidades é que o time está jogando com três ponteiras, uma delas improvisada como oposta: Carolina Costagrande, Antonella Del Core e a Lúcia Bosetti. Sem contar que conta com a atual melhor levantadora do mundo, Eleonora Lo Bianco. Aliás, a Costagrande foi eleita a melhor jogadora da Copa do Mundo. Na relação das jogadoras eleitas para a seleção do campeonato, apenas uma brasileira: a líbero Fabi, que ganhou como a melhor recepção. Justamente um dos piores fundamentos do Brasil na Copa do Mundo.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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