Publicidade
Publicidade
cida santos
Brasil joga mal e se complica
Ficou difícil a situação da seleção brasileira feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de Londres. O time mais uma vez jogou muito mal e perdeu da Coreia do Sul por um surpreendente 3 sets a 0 (25/23, 25/21 e 25/12). A segunda derrota, em três jogos, coloca em perigo a classificação da equipe.
Só quatro seleções, das seis do grupo, passam para as quartas-de-final. O Brasil está em quinto lugar com apenas dois pontos, atrás dos Estados Unidos, com nove, Coreia e China, as duas com seis, e Turquia, com quatro. As brasileiras precisam vencer os dois jogos que faltam, contra China e Sérvia, e torcer por algum tropeço das turcas, que ainda vão enfrentar Coreia e Estados Unidos.
O time vai ter que mudar sua postura. Em quadra, a seleção não joga com alegria, não tem liderança e mostra muita dificuldade para virar as bolas nos contra-ataques. Falta agressividade ao time. Uma situação curiosa já que o Brasil sempre teve tradição de eficiência no ataque.
O maior problema são as ponteiras, que têm uma dificuldade imensa de derrubar a bola na quadra adversária. A Paula Pequeno fez um ponto no jogo contra a Coreia. A mais eficiente das ponteiras foi a Fernanda Garay, que começou no time titular no lugar da Jaqueline. No segundo set, por exemplo, virou bolas importantes.
Uma pena é que a ponteira Natália, embora esteja entre as doze, não está podendo ajudar a seleção. Contra as coreanas, ela entrou em duas inversões e na rede, mas não recebeu nenhuma bola. Ainda não está em forma. Passou por duas cirurgias para retirar um tumor benigno na canela e estava há um ano sem jogar antes do início da Olimpíada. Falta exatamente ao Brasil uma ponteira com o perfil dela: que tenha força no ataque. Uma pergunta: nesse sufoco que o time está, será que a Natália vai continuar sendo poupada? Em caso positivo, fica a pergunta: por que ela relacionada para ir a Londres?
A ponteira Fernanda Garay ganhou a posição de titular contra a Coreia no lugar da Jaqueline. O time até que começou bem o jogo. Passou a desandar quando tinha uma vantagem de 13 a 11, perdeu dois contra-ataques e permitiu que as adversárias fizessem seis pontos seguidos. A partir daí o Brasil perdeu o controle da partida.
O técnico Zé Roberto Guimarães fez alterações como Jaqueline no lugar da Paula Pequeno, Adenízia em Thaísa e a levantadora Dani Lins na vaga da Fernandinha. Nada deu certo. Faltou também precisão em muitos levantamentos para a Sheilla e as centrais. Quem se destacou foi a oposto da Coreia do Sul, a Yeong-Koung Kim, a maior pontuadora do jogo com 21 pontos. E olha que ela nem estava em seus melhores dias.
Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.
+ Canais
+ Londres-2012
- Cielo vira em 1º, mas termina 100 m livre na 6ª colocação
- Seleção de Mano passeia sobre Nova Zelândia e avança como 1ª do grupo
- Brasil goleia donas da casa no handebol feminino e avança ao mata-mata
- Após 3ª derrota, jogadoras da seleção de basquete choram
- Errei na luta contra o sul-coreano, diz brasileiro após ficar sem medalha
+ Esportes
As Últimas que Você não Leu
Publicidade