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cida santos

 

15/08/2012 - 16h46

A renovação na seleção

O futuro da seleção masculina de vôlei, prata nos Jogos de Londres, já está definido. O técnico Bernardinho vai continuar no comando por mais um ciclo olímpico. No feminino, ainda não tem nada certo. O tricampeão olímpico José Roberto Guimarães vai tirar um mês de férias e depois terá uma conversa com o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça. A tendência é que ele também continue. O grande motivo é que os Jogos Olímpicos de 2016 serão no Rio de Janeiro. Quem vai abrir mão de dirigir uma seleção em uma Olimpíada em casa?

Pelas entrevistas concedidas pelo Ary Graça, Bernardinho já tinha acertado sua permanência antes do embarque para Londres. Se bem que depois da medalha de prata, o técnico entrou em crise: chegou a declarar que tinha dúvidas se iria continuar ou não. O certo é que em 2016 Bernardinho vai completar 16 anos no comando da seleção. Um tempão.

O maior desafio do Bernardinho será fazer uma renovação na seleção. A posição que mais preocupa é a de ponteiro passador. Giba anunciou sua despedida. Dante, com problemas no joelho e 36 anos nos Jogos do Rio, também dificilmente terá lugar na equipe. Murilo, eleito o melhor jogador da Olimpíada de Londres, estará com 35 anos. O quarto ponteiro do time medalha de prata foi o Thiago Alves, 26 anos. O problema é que o Brasil vai precisar também de ponteiros altos. Murilo tem só 1,90 m e Thiago 1,94 m.

Depois do trauma com o gigante russo Muserskiy, de 2,18 m, o grande responsável pela vitória da Rússia sobre o Brasil na final olímpico, a ordem é a questão física: aumentar a estatura dos nossos jogadores. O ponteiro Lucarelli, 20 anos e uma das grandes revelações do vôlei brasileiro, até viajou com a seleção para os Jogos de Londres. É um jogador bem habilidoso, um craque, mas também não é alto para os atuais padrões do vôlei: tem 1,95 m.

Mais um problema: o técnico terá que arrumar um líbero para substituir Escadinha, que aos 37 anos se despediu da seleção em Londres. O principal candidato é o Mário Júnior, que treinou com o grupo nesta temporada e terá 34 anos nos Jogos do Rio. A questão é se ele vai conseguir manter a regularidade do Escadinha, o melhor líbero do vôlei mundial. Além de defender muito, de ser garantia de bom passe, ele é também um bom levantador. Quando Bruninho ou Ricardinho participam da defesa, o Escadinha assume a posição. E faz bonito.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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