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cida santos

 

17/09/2012 - 16h37

As eleições e os longos poderes

DE SÃO PAULO

Esta semana é de agitação política nos bastidores da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O novo presidente da entidade será escolhido entre quarta e sexta-feira. São três concorrentes: um deles é Ary Graça, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. O outro é Doug Beal, presidente da Federação dos Estados Unidos e técnico da seleção americana na conquista do ouro olímpico em 84 e no Mundial de 86. O zebrão é Chris Schacht, líder da Federação Australiana.

O mais legal dessa história toda é o atual presidente da FIVB, o chinês Jizhong Wei. Ele decidiu não concorrer à reeleição. Ficou no cargo por quatro anos. Até aí nada demais se essa entidade não fosse dominada por dirigentes que se perpetuam no poder.

Para você ter uma ideia, desde 1947, data da fundação da Federação Internacional de Vôlei, ela só foi presidida por três dirigentes. O primeiro, o francês Paul Libaud, ficou no cargo por 37 anos. Só saiu em 1984. O segundo, o mexicano Ruben Acosta, assumiu no mesmo ano e só foi largar o poder em 2008. Ou seja, 24 anos depois. O chinês foi uma honrosa exceção. Aliás, quando assumiu a presidência, Jizhong Wei colocou como pontos da sua campanha a democracia e a delegação do poder.

Ary Graça está empenhado na campanha. Pode se tornar o primeiro brasileiro a comandar a Federação Internacional, mas pelo seu histórico não deve repetir a conduta do Jizhong Wei. Pelo menos é o que indica sua trajetória na Confederação Brasileira de Vôlei. Ele substituiu Carlos Arthur Nuzman na presidência em 1997 e continua no cargo até agora. Já são 15 anos no poder.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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