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cida santos

 

26/09/2012 - 19h07

Os conflitos e as regras

Uma das cenas mais aguardadas da próxima Superliga será o confronto entre o Campinas, do técnico José Roberto Guimarães, e o Rio, do Bernardinho. Se os dois técnicos mais vencedores da história do vôlei brasileiro seguirem os procedimentos regulares dos jogos, vão ter que se cumprimentar. E o clima entre eles ainda não é bom. Eles não se falam. Uma pena.

Em agosto, logo depois da conquista do bicampeonato olímpico com a seleção feminina, Zé Roberto falou que gostaria de ter uma reaproximação com Bernardinho. Parecia que as coisas iriam melhorar. No início desta semana, na apresentação oficial do time do Rio, Bernardinho não foi muito amistoso. Disse que se Zé Roberto reviu sua posição, deveria ter falado diretamente com ele e não através da imprensa. Zé Roberto preferiu não levar o assunto adiante. Falou que um dia esse contato vai acontecer e que eles vão acabar se encontrando profissionalmente.

Os problemas de relacionamento entre os dois técnicos começou nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, com os conflitos entre Zé Roberto e a ex-levantadora Fernanda Venturini. Segundo algumas versões, ela teria levado vídeos da seleção feminina para Bernardinho avaliar. Zé Roberto não gostou e chegou a declarar na época que influências de "maridos-técnicos" atrapalhavam sua equipe.

Mudança de regra

O português Avelino Azevedo, árbitro internacional, agitou as redes sociais com a informação de que no início do 2013 vai ter mudanças nas regras do vôlei. Segundo ele, que participou no fim de semana do Congresso da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) nos Estados Unidos, não será mais permitido usar o toque na recepção do saque. Os jogadores vão ter que usar só a manchete. A FIVB ainda não colocou nenhum comunicado sobre esse assunto no seu site.

O central Gustavo, ex-seleção e um dos destaques do time de Canoas, já manifestou no twitter sua opinião sobre o tema: "Voltaremos ao vôlei romântico com o passe sendo feito só com manchete". Ele disse que é favorável a essa nova regra, mas fez uma ressalva: "também não passo". Ele joga no meio da rede e não participa da recepção.

É preciso avaliar melhor essa possível mudança. Nesses tempos em que o saque é cada vez mais poderoso e decisivo, acho questionável limitar a recepção à manchete. O levantador vai sofrer mais para ter o passe na mão.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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