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cida santos

 

24/08/2010 - 08h28

A hora da decisão no Grand Prix

DE SÃO PAULO

Chegou a hora dos grandes jogos no Grand Prix de Vôlei: nesta quarta-feira, começa a fase decisiva, em Ningbo, na China. São seis seleções na luta pelo título: Brasil, EUA, Polônia, Japão, Itália e China. Aposto minhas fichas na seleção brasileira, mas as americanas e as italianas vão dar trabalho.

A novidade no time titular será a levantadora Fabíola no lugar de Dani Lins. A oposta será Sheila. As centrais Thaísa e Fabiana; as ponteiras Mari e Jaqueline; e a líbero Fabi. O desafio brasileiro é ser mais regular na recepção e diminuir o número de erros.

O sistema de disputa é simples e uma prova de resistência para as jogadoras. Serão cinco jogos em cinco dias seguidos. As seis finalistas vão se enfrentar. Quem tiver a melhor campanha, fica com o título. Prepare-se para longas madrugadas: os quatro primeiros jogos do Brasil serão às 4h30 da manhã. Só o último, contra a China, será às 8h.

A seleção brasileira não pode reclamar da tabela. O primeiro jogo, mais nervoso por ser uma estreia, será contra o Japão. Ok, as japonesas venceram a Itália, mostraram evolução no ataque, mantém muito volume de jogo, mas não são páreo para o Brasil. Na primeira fase, perderam por 3 sets a 0.

O segundo jogo será contra a Polônia, uma das surpresas deste Grand Prix. O time terminou a primeira fase em terceiro lugar, atrás do Brasil e dos Estados Unidos. Mas no único confronto no torneio entre os dois times, as polonesas pararam no bloqueio brasileiro. A vitória foi tranquila: 3 sets a 0.

As coisas começam a ficar complicadas na sexta-feira. O confronto será contra a seleção americana, a única finalista que o Brasil ainda não enfrentou. É um time com tradição de disciplina tática, poucos erros e mesclado com jogadoras da nova geração e outras experientes como a ponteira Logan Tom.

Um dos destaques do time americano é a Alisha Glass, 22 anos e 1,84 m. Ela lidera o ranking de melhor levantadora do Grand Prix. Outro destaque é a atacante Destinee Hooker, 23 anos e 1,83 m. Tem uma mão pesada: é a terceira maior pontuadora. Mais: tem o terceiro melhor bloqueio do torneio.

Para complicar, a seleção dos Estados Unidos tem dois grandes estrategistas no banco: o técnico Hugh McCutcheon, ouro olímpico em Pequim com a seleção masculina, e o seu auxiliar Karch Kiraly, um dos melhores jogadores da história do vôlei.

Os nervos vão estar mais à flor da pele no sábado, dia do confronto de maior rivalidade: brasileiras x italianas. As duas seleções se enfrentaram na primeira fase do Grand Prix, em São Carlos. A vitória foi da Itália por 3 sets a 1. Foi a única derrota do Brasil no torneio.

O técnico italiano, Massimo Barbolini, teve uma decisão semelhante a do técnico brasileiro, José Roberto Guimarães: aproveitou os jogos para fazer um rodízio entre as atletas e dar ritmo para todas. Sofreu três derrotas: para o Japão, Estados Unidos e República Dominicana.

Contra o Brasil, o time deve jogar completo. O técnico Zé Roberto costuma apontar a Itália como a melhor seleção do mundo. É um time que tem uma boa mescla de jogadoras veteranas, como a ponteira Francesca Piccinini, e novatas, como a levantadora Giulia Rondon. Tem também uma bela defesa.

O último jogo contra as donas da casa é mais tranquilo. Ok, a torcida inteira vai apoiar as chinesas, mas o time oriental deu uma caída depois que perdeu uma de suas principais jogadoras, a ponteira Ruoqi Hui, 19 anos e 1,89 m. Ela sofreu uma lesão no ombro esquerdo.

O Brasil costuma jogar bem contra a China. No único jogo em que se enfrentaram neste Grand Prix, a vitória foi brasileira por 3 sets a 0. As chinesas também perderam dos Estados Unidos e da República Dominicana.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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