Nascido na Itália, veio ainda criança para o Brasil, onde fez sua carreira jornalística. Recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por 'As Ilusões Armadas'. Escreve às quartas-feiras e domingos.
'Esperteza quando é muita come o dono', dizia Tancredo Neves
Zuleika de Souza/Agil | ||
Ciro Gomes (à esq.), em 1984, com Tancredo Neves (centro) e Ulysses Guimarães, em Brasília |
Tancredo morreu porque, por esperteza, escondia seus problemas de saúde.
Além de ter produzido a estranha saudade de um governo que não houve, Tancredo deixou suas frases. Algumas são lições.
Sobre o medo que as direitas civil e fardada tinham da esquerda brasileira:
"Eles criam os fantasmas e depois se assustam com eles."
Quando lhe disseram que Magalhães Pinto, seu velho adversário, estava conspirando com milita- res radicais:
"A cabeça do Magalhães funciona como um terreno baldio, onde há sempre alguém atirando alguma sujeira."
Quando lhe pediram para que examinasse um texto onde haviam sido feitos cortes:
"Para cortar não precisa mostrar".
Referindo-se a Bernardo Pereira de Vasconcelos e ao Marquês de Paraná, dois campões do conservadorismo nacional:
"Vasconcelos e Paraná plantaram as nossas instituições livres para ordenar o caos e disciplinar a desordem".
No discurso de posse que não fez:
"Nosso progresso político deveu-se mais a? força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites".
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