Humberto Luiz Peron

É jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance".

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Extrema dificuldade para chegar à final

O Brasil chegou a ser dominado em boa parte do jogo, sofreu com as trapalhadas de sua defesa, fez sua pior partida na competição, viu o adversário desperdiçar um pênalti, mas, mesmo assim, teve forças para, com um gol no final de cada tempo, se classificar para a decisão da Copa das Confederações.

No início da partida, pela primeira vez no torneio, o Brasil não conseguiu sufocar o seu adversário. O experiente time uruguaio mantinha a bola em seu campo de ataque.

Quando recuperava a bola, a seleção brasileira tinha enormes dificuldades para chegar ao campo de ataque, pois a seleção uruguaia mesmo tendo o trio ofensivo, formado por Forlán, Suárez e Cavani, marcava a saída de bola do time brasileiro, principalmente os nossos laterais. Assim, com a impossibilidade de jogar com Daniel Alves e Marcelo e o fato de a linha de meias-atacantes estar posicionada muito longe dos defensores e dos volantes, o Brasil não conseguia chegar ao ataque.

O Uruguai tomou conta da partida e explorando o mau posicionamento de nossa defesa em bolas aéreas - problema que persiste desde o início do torneio - conseguiu um pênalti, quando o afoito David Luiz segurou Lugano. Para sorte brasileira, o goleiro Júlio César fez o seu primeiro grande milagre na competição ao defender a cobrança de Forlán.

Logo depois do lance do pênalti, já aos 16 minutos, a seleção brasileira conseguiu fazer sua finalização, em um chute de Oscar, em jogada pelo meio.

A jogada sinalizou a primeira mudança no posicionamento da nossa linha de três meias-atacantes. Hulk saiu da esquerda e foi para direita, já Neymar saiu do meio para esquerda, e Oscar passou para a faixa central. Com essa formação, o Brasil também conseguiu entrar pela primeira vez na área do adversário e Hulk acabou finalizando para fora depois de uma combinação que começou com Paulinho.

Mas, mesmo com essas tentativas ofensivas do Brasil, o time uruguaio continuava superior. Então, a seleção brasileira, não conseguindo escapar da marcação uruguaia, tentava chegar ao ataque na base de chutões para frente.

Quando o time conseguiu acertar um lançamento - a proeza foi de Paulinho, que na realidade é o armador do time -, Neymar apareceu dentro da grande área e, depois do rebote de Muslera, Fred fez primeiro gol, aos 40 minutos.

Com a vantagem conquistada era esperado que o Brasil explorasse os contra-ataques em cima da lenta defesa do Uruguai. Só que logo aos 2 minutos da etapa complementar, em mais uma trapalhada da nossa defesa, que teve três oportunidades de afastar o perigo, com três jogadores diferentes - David Luiz, Thiago Silva e Marcelo -, Cavani empatou o jogo.

O Brasil só passou a ter o domínio do jogo quando Felipão fez duas alterações na equipe, ao colocar Bernard no lugar de Hulk e a troca de Oscar por Hernanes. A primeira substituição exploraria a velocidade do jogador do Atlético-MG pela ponta. Já a segunda seria para aproveitar um possível chute de longa distância de Hernanes.

Mesmo sofrendo alguns sustos com os contra-ataques do Uruguai, o Brasil passou a ficar bem mais tempo no ataque, empurrando o Uruguai para defesa. A pressão também fez o Brasil conquistar vários escanteios. E foi em um deles, já aos 40 do segundo tempo, que saiu o gol da classificação do Brasil. Cruzamento de Neymar que Paulinho complementou de cabeça - um prêmio para o jogador mais regular da seleção no torneio.

Até a próxima! E será no domingo, já na final.

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