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gilberto dimenstein
A esperança de Haddad
Ameaçado de ficar fora do segundo turno, Fernando Haddad está apostando suas fichas, nesta reta final, numa espécie de campanha do "voto útil" : ele quer mostrar que seria o melhor candidato para derrotar Celso Russomano. Afinal, teria uma rejeição mais baixa do que a de José Serra. Cola?
O fato é que, até o momento, Lula, Dilma e Marta, com todo os seus prestígios, deram a Haddad um patamar mínimo que o PT costuma ter na cidade de São Paulo.
Marta Suplicy até ganhou um ministério depois de entrar na campanha --e, de quebra, colocou-se no Senado um suplente que diz que vai, de Brasília, atuar apenas para seu bairro.
Fernando Haddad não ir para o segundo turno, perdendo até para Serra, com sua alta rejeição, é um baque para um partido cujo berço é, de fato, a cidade de São Paulo.
Até esse momento, Lula mais prejudicou do que ajudou. Aquela foto com Paulo Maluf foi um desastre mercadológico. E sua presença, como grande padrinho, trouxe para a esfera local o debate do mensalão.
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
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