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gilberto dimenstein

 

28/09/2012 - 08h35

Quem já venceu em São Paulo

A mais recente pesquisa Datafolha revela a hipótese de o primeiro turno acabar embolado. Com a queda de Celso Russomano, o resultado final torna-se ainda mais imprevisível, já que ele começa a sentir o efeito dos ataques. Mas, pelo menos, uma vitória já ocorreu na cidade --e é muito positiva.

Venceu a ideia de que um prefeito paulistano não deve usar a cidade como trampolim. Nunca tantos candidatos --e com tanto fervor-- se comprometeram a concluir seu mandato. Não é bondade, claro. Mas senso de sobrevivência. Mas é também um amadurecimento político.

O prefeito é um zelador e deve ter o prazer das pequenas coisas. É vibrar com cada nova ciclovia ou praça. Com as invenções de seus moradores. Ou com as soluções encontradas nas comunidades. Isso é o que faz alguém se identificar com sua cidade.

Não dá para ter a cabeça ao mesmo tempo em Brasília e em São Paulo. A cidade é complexa demais, com seus múltiplos problemas. Exige-se um prefeito em tempo integral. Kassab paga um preço por ter transmitido a imagem de que estava olhando mais para assuntos nacionais, formando um partido, do que para o local.

Tudo isso pode parecer óbvio. Mas não era. Agora é. Está algo que já venceu em São Paulo.

Candidatos e prefeitos passam --mas uma mentalidade comunitária fica.

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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