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gilberto dimenstein

 

07/07/2011 - 18h52

Rafinha Bastos é caso de polícia?

Critiquei aqui nesse espaço o comediante Rafinha Bastos por seus comentários de péssimo gosto e desrespeitosos sobre mulher e estupro. Recebi centenas de e-mails me chamado, entre coisas, de "babaca politicamente correto".

Na sua brincadeira, ele fez um elogio ao estuprador. Rafinha tem a liberdade de falar o que quiser ---e nós, claro, de criticarmos o que quisermos. Cada um que responda nos limites da lei. Mas agora estou ao seu lado.

O Ministério Público está prestes a transformá-lo de agressor em vítima. Pediu abertura do inquérito policial para apurar incitação ao crime. Ou seja, o humor dele seria, em essência, um caso de polícia. Não vejo como aquele tipo de piada pode incitar alguém a cometer um estupro. É um óbvio exagero.

O jeito de combater a irresponsabilidade verbal do comediante é expondo-o à crítica para que ele veja que tudo tem limite, inclusive no humor.

Rafinha Bastos é um caso de falta de responsabilidade. Mas não de polícia. Tentar colocá-lo na cadeia ou constrangê-lo desse jeito não ajuda a causa da defesa da mulher nem da liberdade de expressão.

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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